Temos visto várias pessoas detidas por crimes graves, como tráfico, assalto, roubo e outros delitos, serem liberadas nas audiências de custódia, mas logo serem presas novamente pelos mesmos crimes ou piores. A Folha foi às ruas saber o que a população acha das audiências de custódia.
Dijanilde Ferreira, 35 anos, autônoma (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“Não concordo com as audiências de custódia. Se você está respondendo sobre algo que fez perante a lei, é porque uma atitude errada foi feita. Liberar alguém por crimes considerados de baixa gravidade é um pretexto para que ele volte a praticar delitos. Isso só reflete a falha no nosso sistema prisional.”
Vanderlan da Silva, 35 anos assessor de parlamentar (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“A audiência de custódia não deveria existir. Se já foi praticado um delito uma vez e foi solto, ele fará duas vezes sem medo algum. Pessoas que permanecem no erro não estão aptas a viver em sociedade e devem ser recolhidas.”
André Nascimento, 25 anos, assistente parlamentar (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“A audiência de custódia deve ser revista. O Poder Público justifica a liberação de alguns meliantes com a lotação dos presídios que não comportam mais tantas pessoas. Então, para facilitar, os que cometem pequenos delitos recebem uma segunda chance e prendem aqueles que cometeram grande violência. Mas uma coisa leva à outra. E se essas pessoas que cometeram pequenos crimes evoluírem para homicídios, passarem pela audiência de custódia e forem liberadas? Foi embora a oportunidade de impedir que algo acontecesse.”
Larrissa Martins, 25 anos, assistente de gabinete (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“Não vejo justiça na audiência de custódia. Se houver análise e de fato os dados mostrarem que essas pessoas voltam a praticar o mesmo crime, a audiência de custódia deveria ser revista. Quem não é dotado de consciência, não deve nem ter o direito de viver em sociedade.”
Jackson Souza, 21 anos, técnico em informática (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“Reincidência deve gerar prisão. Audiência de custódia deve servir apenas para quem praticou delitos cujo índice de periculosidade é muito inferior ao julgado como grave. Para esses, reeducação social com projetos. Já para os outros, cadeia bem longe do cidadão de bem.”
Ana Silva, 42 anos, auxiliar de limpeza (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“A população já vive insegura por saber que existem bandidos à solta, imagine sabendo que a pessoa que te assaltou pode voltar às ruas porque o crime dela não é considerado algo grave. É um assunto que divide opiniões também, mas pra mim quem comete qualquer atitude que atente física ou moralmente contra o outro, deve responder sob pena de regime fechado na cadeia.”