Cotidiano

Vacinação contra a aftosa inicia nas comunidades indígenas nesta quarta

A meta é vacina 50 mil cabeças de gado

A Agulha Oficial, vacinação contra febre aftosa dos rebanhos das comunidades indígenas, começará nessa quarta-feira, 6, com o deslocamento das equipes do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima) para os Municípios de Pacaraima, Uiramutã e Normandia, na região das reservas Raposa Serra do Sol e São Marcos.

A meta é vacinar 50 mil cabeças, distribuídas em 450 rebanhos nas comunidades indígenas. No período compreendido entre 6 de abril a 20 de maio, seis equipes irão trabalhar numa ação conjunta entre o Mapa, Funai e  Aderr.

Segundo o coordenador do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa, Marcos Duarte, serão 45 dias de trabalho intenso, enfrentando muitos obstáculos como a dificuldade de acesso e problemas de falta de estrutura em algumas áreas, mas minimizado pela colaboração e presteza dos indígenas.

“Num primeiro momento, a gente faz a região de São Marcos, em Pacaraima, avançando em seguida, na segunda quinzena, para o Uiramutã, finalizando a vacinação no município de Normandia,” destacou Duarte.

Pecuária Indígena

De acordo com os historiadores, quando os indígenas trabalhavam nas fazendas locais na década de 1970, eles aprenderam o manejo com os bovinos, o que ajudou a criar uma cultura entre eles de ter seus próprios animais. Com a saída dos fazendeiros, eles assumiram os pastos e começaram a investir na pecuária, que é feita de forma comunitária.

Com aproximadamente 50 mil animais, o rebanho das comunidades indígenas tem crescido ao longo dos anos e a tendência é aumentar, pois eles estão cada vez mais se aperfeiçoando e melhorando suas técnicas, a genética, a estrutura física e compreendendo o valor da pecuária para sua economia.

Dificuldades na Agulha Oficial

O presidente da Aderr, Marcelo Parisi, lembrou das dificuldades que foram enfrentadas pelos vacinadores da Agulha Oficial para cumprir com a cobertura vacinal projetada nas campanhas.

“Foram muitos obstáculos nesses 12 anos, mas, apesar dos obstáculos, sempre houve êxito nas ações. Hoje, existem rotas georreferenciadas, comunicação por internet, participação massiva dos indígenas, melhorias nas estruturas físicas, dentre outros benefícios que facilitam os trabalhos dos vacinadores”, disse.