Cotidiano

Usuários reclamam de insegurança e sujeira na Rodoviária de Boa Vista

Diretor da Rodoviária diz que ação de imigrantes e exoneração de servidores que prestavam serviços no local ocasiona o problema

Usuários reclamam de insegurança e sujeira na Rodoviária de Boa Vista Usuários reclamam de insegurança e sujeira na Rodoviária de Boa Vista Usuários reclamam de insegurança e sujeira na Rodoviária de Boa Vista Usuários reclamam de insegurança e sujeira na Rodoviária de Boa Vista

Passageiros de ônibus intermunicipal e interestadual denunciaram à Folha sujeira e falta de policiamento na Rodoviária Internacional de Boa Vista José Amador de Oliveira, localizada no bairro 13 de Setembro, zona sul. Os usuários reclamam que os banheiros são limpos apenas duas vezes na semana e o que tem acessibilidade para cadeirantes está fechado. “São apenas duas pessoas para fazer a limpeza do lugar, que trabalham apenas no sábado, domingo e feriados. O abandono é total, o lixo toma de conta e o fedor é insuportável”, afirmou um usuário que pediu para não ser identificado.

Um comerciante do local disse que um dos graves problemas que afeta a limpeza, além da ausência de mão de obra, é a falta de água para uso nos banheiros. “Muitas vezes chegam ônibus um atrás do outro e a rodoviária fica lotada de pessoas. Mas, como os banheiros não têm água, a imundice parece coisa de outro mundo”, comentou.

Conforme a dona de casa Carmem Silva, passageira de ônibus duas vezes por semana, a preocupação maior é com a falta de segurança na rodoviária. Ela diz que dificilmente vê a presença da Polícia Militar. “Há uma semana uma amiga foi assaltada por dois rapazes aqui dentro da rodoviária, um deles armado com um revólver. Levaram o aparelho celular dela. Pareceu um fato normal às pessoas, que sequer se atentaram para o roubo, o que foi muito bom para os ladrões. Era para ter policiais permanentes para evitar essas situações”, comentou.

O engenheiro civil Carlos Silva, do Amazonas, desembarcou na Rodoviária de Boa Vista pela primeira vez, quando a Folha ouvia as denúncias na manhã de sexta-feira. Ele disse que ficou triste quando viu tanta sujeira, pois a informação que ele tinha é que a cidade era muito limpa. “Eu pensei que Boa Vista fosse uma cidade muito organizada. Alguns amigos me disseram que aqui é uma das cidades mais limpas do Brasil. Vou contestar a informação deles. Fiquei triste quando desci do ônibus e vi essa sujeira toda”, afirmou.

DIREÇÃO – Segundo o administrador do terminal rodoviário, Jerry Batista, atualmente a responsabilidade de manutenção e conservação da estação é da Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima) e que anteriormente era da Secretária Estadual de Infraestrutura (Seinf).

Ele afirmou que, quando aconteceu a transição, aproximadamente 200 funcionários foram exonerados da Codesaima. O quadro de pessoas que prestavam serviço na rodoviária era de 30 pessoas, mas 26 foram dispensados. Apenas quatro permaneceram, o que afetou a limpeza e manutenção da estação.

O administrador informou que um novo processo de licitação deve resolver de imediato os problemas vivenciados pela administração, comerciantes e usuários da rodoviária. Quanto à falta de água, Batista explicou que os indígenas que estão alojados na rodoviária são os responsáveis, pois à noite acaba toda reserva das caixas de armazenamento. “De noite eles entram nos banheiros, gastam toda água e ainda quebram torneiras, caixas de descarga e até as portas arrancam para fins desconhecidos por mim”, frisou.

GOVERNO – A Codesaima enviou nota afirmando que, quando há feriados prolongados, em alguns momentos, antes da chegada do pessoal da limpeza e após a saída dos ônibus, aumenta a quantidade de lixo na rodoviária, mas alega que a limpeza está sendo feita.

Sobre a eventual falta de água no terminal rodoviário, a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caerr) afirmou que, em qualquer transtorno relacionado ao assunto, os consumidores podem ligar para o número 08002809520, que a empresa envia uma equipe ao local para verificar a situação e solucionar o problema. (E.S)

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