Cotidiano

Trezentos casais vão dizer ‘sim’ em casamento coletivo no Parque Anauá

Cerimônia que vai reunir juiz de paz, padre e pastor será realizada amanhã

Trezentos casais vão dizer ‘sim’ em casamento coletivo no Parque Anauá Trezentos casais vão dizer ‘sim’ em casamento coletivo no Parque Anauá Trezentos casais vão dizer ‘sim’ em casamento coletivo no Parque Anauá Trezentos casais vão dizer ‘sim’ em casamento coletivo no Parque Anauá

Os 300 casais que vão oficializar a união durante a “Caravana do Amor”, amanhã, 28, receberam na manhã de ontem os detalhes da festa. A reunião foi realizada no auditório da Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes). Será a primeira edição da Caravana do Amor, que deve ser realizada em outros municípios.

A cerimônia está marcada para as 17 horas de amanhã no forródromo do Parque Anauá. Cada noiva terá o seu momento para passar pelo tapete vermelho com um cortejo oficial. Um padre e um pastor farão as bênçãos. “Vamos levar para o coraçãozinho deles a emoção de se estar casando”, disse a chefe de cerimonial do Governo do Estado, Hildete Albuquerque.

A diretora do Departamento de Proteção Social Básica da Setrabes, Ilnara Trajano, comemorou as inscrições dos 300 casais e o surgimento até mesmo de uma lista de espera com 60 pessoas. Todas foram convocadas, pois outras 60 não estavam com suas documentações completas. Ilnara Trajano explicou ainda que a “Caravana do Amor” é um trabalho em conjunto com os cartórios municipais de Boa Vista, a Vara da Justiça Itinerantedo Tribunal de Justiça de Roraima, Casa Civil do Estado e a Defensoria Pública do Estado.

“A Justiça Itinerante e a Defensoria recebiam muitas demandas de pessoas querendo casar, levando o assunto para a Casa Civil, que conversou com os cartórios. Como a nossa Secretaria atende pessoas em vulnerabilidade social, também recebíamos pedidos de ajuda para casamentos. Então fomos convidados em fevereiro deste ano pelos dois primeiros órgãos para fazermos uma parceria”, relatou.

O nome “Caravana do Amor”, em alusão à “Caravana do Povo”, que leva serviços ao interior de Roraima, já nasceu com o propósito de difundir os casamentos pelos municípios. “A Vara da Justiça Itinerante só realiza divórcios. Apaixonamo-nos por esta causa porque foi muito grande a procura. São pessoas que realmente não teriam condições de se casar como gostariam. Então fizemos as inscrições e os cartórios, junto com a DPE e a Justiça Itinerante, cuidaram dos trâmites legais”, explicou.

Casais aproveitarão cerimônia para oficializar uniões estáveis

Há cinco anos, em uma festa no município do Uiramutã, norte de Roraima, o promotor de vendas Rodarke da Silva Lima, 22 anos, conhecia a dona de casa Marcele Tomás, 30. Após os primeiros beijos, eles não se falaram mais. Até que ela esteve em Boa Vista e entrou em contato com Rodarke para que voltassem a sair. Um ano depois do primeiro encontro, o casal já morava junto. Hoje os dois são pais de uma menina de dois anos e um menino de dez meses. “Não planejados”, brincou Rodarke. “Ela teve outro relacionamento, mas não chegou a casar. Esta foi a oportunidade que tivemos, pois para fazer um casamento é preciso pagar muito caro, e ela tinha pressa”, disse o jovem.

Menos pressa teve a autônoma Fátima Maria, 55 anos, que vai se casar com Luís Alberto, 62 anos. A primeira vez em que ela se casou foi aos 17 anos. Teve três filhos com um homem que bebia e jogava muito, deixando a família em dificuldades financeiras. Um dia, aos 23 anos, Fátima decidiu por um ponto final na relação. Voltou para a casa da mãe, depois morou sozinha. Foi quando conheceu Luís Alberto, que também vinha de um matrimônio, no qual teve dois filhos.

Em apenas três meses começaram a dividir o mesmo teto. Nunca mais se largaram: saíram do estado do Maranhão, onde nasceram, passaram pelo Pará e em 2001, chegaram a Roraima. “Ele criou meus três filhos, que inclusive já são casados. Foi amor à primeira vista, mas não tivemos filhos nossos porque fiz laqueadura aos 21 anos. Estamos a 34 anos juntos e nunca casamos porque tivemos que oficializar nossos divórcios e também porque tivemos alguns problemas de saúde. Casar agora já não é tanta surpresa, mas é um sonho que acho que toda mulher tem. Já estava na hora de nós regularizarmos”, comemorou. (N.W)

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