Cotidiano

Três brasileiros a cada 10 se intoxicam no Brasil por automedicação

Os erros de medicação causam pelo menos uma morte todos os dias e prejudicam aproximadamente 1,3 milhão de pessoas anualmente

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A automedicação ainda é a principal causa de intoxicação no país. O que representa um terço de todas os casos registrados pelo Sistema Nacional de Informações Toxicológicas (Sinitox). Por hora, pelo uso descontrolado, três brasileiros se intoxicam com medicamentos. Isso porque muitos deles afetam diretamente o sistema nervoso central e traz complicações severos.

Segundo a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) 50% de todos os medicamentos são incorretamente prescritos, dispensados, vendidos e mais da metade dos pacientes consomem incorretamente. O custo estimado aos erros de medicação é em torno de US$ 42 bilhões por ano ou quase 1% do total das despesas de saúde globais. Entre alguns fatores que contribuem para o aumento destes números está o descarte incorretos de medicamentos.

Diante desses dados, o Conselho Federal de Farmácia (CFF), em parceria com os conselhos regionais dos 26 estados e do Distrito Federal, entrou na campanha do 5 de maio – Dia Nacional pelo Uso Racional de Medicamentos – no sentido de promover o uso adequado de medicamentos, evitando as práticas que podem desencadear dimensões clínicas desastrosas à população. O presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF/RR), Adônis Motta, defende que o ideal, após a consulta médica, é seguir com orientações do profissional farmacêutico.

“O farmacêutico tem participação na promoção do uso seguro de medicamentos e pode dar o suporte técnico, na atuação da farmácia clínica, no apoio à elaboração de protocolos clínicos. O farmacêutico precisa ter participação também no acompanhamento do paciente quanto ao uso da dosagem prescrita. Não só o dia 5 de maio é uma data para lembrar disso, precisamos aderir esse conceito no dia a dia”, defendeu Motta.

Para o conselheiro federal, Erlândson Uchôa, o Conselho tem atuado na fiscalização de forma contínua obedecendo protocolos de acompanhamento e vigilância, uma vez que além do fator econômico – onde a população gasta para adquiri o medicamento – há toda a cadeia de cuidados com a segurança da população.

“Assistimos reajustes de preços em medicamentos de uso contínuo, denúncias de falsificação em sites de vendas e a automedicação da saúde pública. Nosso papel sempre será combater as más práticas, visando sempre o bem-estar da população”, destacou.

Registro e fiscalização

A fiscalização de novos medicamentos segue critérios rígidos, mas houve um aumento. Em três anos, a Anvisa mais que dobrou o número de registros de medicamentos e produtos biológicos e insumos farmacêuticos ativos (IFAs). No ano passado, 2016, a Agência concedeu 882 registros, contra 366 no ano de 2014. A agilização da análise desses produtos manteve um ritmo constante, com 773 novos produtos registrados em 2015.

 

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