Cotidiano

Tratamento a autistas é feito por profissionais de diversas áreas

Mais de 130 pessoas são atendidas pelo programa Rede Cidadania Atenção Especial

Tratamento a autistas é feito por profissionais de diversas áreas Tratamento a autistas é feito por profissionais de diversas áreas Tratamento a autistas é feito por profissionais de diversas áreas Tratamento a autistas é feito por profissionais de diversas áreas

O autismo ou Transtorno do Espectro Autista, segundo o Código Internacional de Doenças, é um transtorno que afeta a interação social recíproca entre pares, os padrões de comunicação e que apresenta interesse em atividade restrita, estereotipada e repetitiva.

Roraima não tem um órgão especializado em atendimento a autistas, porém existe o programa Rede Cidadania Atenção Especial, do Governo do Estado, que atende toda a demanda do Estado.

A diretora da Rede Cidadania Atenção Especial, Patrícia Lima, contou que 139 pacientes com o transtorno são atendidos pelo programa e que estes recebem atendimentos especializados na Arte e no Desporto (psicomotricidade, recreação aquática, dança, capoeira, balé e coral). Os atendimentos pedagógicos e técnicos ofertados são fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicólogo e fisioterapeuta.

Além destes serviços, os pacientes também recebem atendimentos de clínicos gerais, pediatras, dentistas, fisiatras e nutricionistas. Estes serviços, segundo Patrícia, são oferecidos em subdivisões como Estimulação Precoce, Centro de atendimento Especializado, Unidade de Capacitação e Produção, Arte e Desporto e Centro Especializado em Reabilitação Física e Intelectual.

A psicóloga Rosana Luz é uma das profissionais da Rede Cidadania que trata pessoas com autismo. “Os autistas têm restrições do comportamento. Eles são apegados à rotina, têm comportamentos repetitivos e estereotipia, que é um movimento sem uma função específica que dá vazão à ansiedade do paciente”, explicou a psicóloga Rosana Luz.

Para tratar o autismo, Rosana diz que é necessário tratar as áreas mais afetadas, como a comunicação, interação e rigidez de comportamento. “O tratamento tem que ser neste foco. Diante disso, há uma necessidade de uma equipe multidisciplinar de neurologistas, psiquiatras, nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicopedagogos. Isso tudo para tornar o paciente mais funcional, este é o nosso objetivo”, revelou.

Segundo ela, a Psicologia tem o objetivo de trabalhar no comportamento e nas emoções do paciente. “Se percebo que a criança faz muita birra, trabalho com ela neste sentido, com regras e limites. Há também o trabalho sobre a função social da linguagem, por exemplo, e a interação com os outros”, contou.

Rosana disse que é importante procurar ajuda profissional desde os primeiros anos de vida da criança, caso a família note comportamentos diferenciados nas crianças. “Se a criança não fala, ou só repete o que você fala, ou fala coisas sem nexo, você deve procurar ajuda o quanto antes”, recomendou.

O papel dos familiares é indispensável nesta situação para que o tratamento seja iniciado imediatamente, segundo a profissional é necessário que os pais estejam sempre dando suporte para a criança e seja compreendido que esta criança vai precisar de uma ajuda a mais.

Já a professora Maria Salete Tomazi, que trabalha com educação especial na Rede Cidadania, executa o projeto “Pequenos Brilhantes”, em que são atendidas crianças de quatro a oito anos, com diversas deficiências, como a síndrome de Down, porém a maioria de seus alunos é autista de diferentes graus.

A professora explicou que seu trabalho é feito a partir de estímulos de interação social, comunicação, atenção e concentração, além de atividades da vida autônoma (alimentação, por exemplo), estímulos estes feitos através de jogos, brinquedos e brincadeiras. Ela disse que os resultados dos trabalhos feitos no programa são satisfatórios e trazem um bem-estar maior na vida destas pessoas e seus familiares. “Aprendo muito com eles e a cada dia cresço como profissional, amo o que eu faço”, disse.

REDE CIDADANIA – O programa, que atende os pacientes e suas famílias, é ofertado através de triagem efetuada pelo Núcleo Interno de Regulação. Para participar da Rede Cidadania Atenção Especial, é preciso comparecer ao local, na Avenida São Sebastião, 1195, Santa Tereza, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30 com o diagnóstico e encaminhamento para avaliação clínica.

Após a avaliação, é verificada a disponibilidade de vagas e qual tipo de serviço o paciente precisará. Logo em seguida ele é encaminhado para uma das coordenações que oferecerá um dos serviços do local. (G.L)

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