DESCUMPRIMENTO DE ACORDO

Trabalhadores da CERR denunciam descontos indevidos nos salários pelo segundo mês consecutivo

Os valores referentes ao mês de agosto foram pagos nesta sexta-feira (5), alguns deles até zerados

Funcionários da Cerr protestam contra demissão em frente ao Governo (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Funcionários da Cerr protestam contra demissão em frente ao Governo (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Pelo segundo mês consecutivo, trabalhadores da Companhia Energética de Roraima (CERR) tiveram descontos indevidos no pagamento dos salários. Os valores referentes ao mês de agosto foram pagos nesta sexta-feira (5), alguns deles até zerados.

Em nova denúncia à Folha, os trabalhadores relataram que auxílios e benefícios, como vale-alimentação e adicional por tempo de serviço (ATS), foram retirados mais uma vez, repetindo a situação registrada em julho. A situação foi divulgada no mês passado.

A revolta é ainda maior, conforme os trabalhadores, por haver o descumprimento do acordo judicial firmado no dia 22 de agosto, que previa a regularização imediata e a devolução dos retroativos com valores corrigidos. No documento, o juiz determinou que a empresa devolvesse verbas irredutíveis, como auxílio-alimentação, ATS e gratificações incorporadas.

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Descontos indevidos já haviam motivado ação do Ministério Público do Trabalho (MPT), que aplicou multa diária de R$ 20 mil, suspensa durante a conciliação. O Acordo foi firmado entre a CERR, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Roraima (STIURR), Tribunal Regional do Trabalho (TRT-11), Ministério Público de Contas do Estado (MPC) e o MPT.

“Quando o governo e empresa vão respeitar a Justiça? Os trabalhadores estão sem condições básicas de sobrevivência. Já são dois meses sem salário integrais, sem auxilio alimentação, super endividados, com contas de água e luz em atraso, pagando juros altíssimos para os bancos, além do adoecimento físico e mental devido a tanto descaso”, cobraram no relato.

A empresa e o governo do Estado não emitiram qualquer comunicado oficial justificando a não regularização do pagamento. A reportagem procurou o governo, mas também não obteve reposta até a publicação e o espaço fica aberto para manifestação.

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