Cotidiano

TJRR será o primeiro a adotar novo sistema para cadastro de presos e foragidos

Ferramenta vai permitir aos juízes acompanhar cada passo das pessoas presas no sistema carcerário e, também, o número de condenados foragidos

TJRR será o primeiro a adotar novo sistema para cadastro de presos e foragidos TJRR será o primeiro a adotar novo sistema para cadastro de presos e foragidos TJRR será o primeiro a adotar novo sistema para cadastro de presos e foragidos TJRR será o primeiro a adotar novo sistema para cadastro de presos e foragidos

O Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) e o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) serão os primeiros em todo o Brasil a adotar uma nova ferramenta digital desenvolvida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que vai permitir aos juízes acompanhar cada passo das pessoas presas no sistema carcerário e, também, o número de condenados foragidos.

O Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP 2.0) foi apresentado este mês a um grupo de juízes de Roraima que atuam na execução penal. A nova tecnologia on-line vai incorporar os dados pessoais, informações sobre a condenação e, principalmente, a situação de todos os presos perante a Justiça em um único cadastro nacional do Poder Judiciário.

A expectativa do CNJ é que a nova versão do BNMP esteja em funcionamento em todo o país até dezembro deste ano. Até lá, a ferramenta entrará em fase de testes na Justiça dos estados de Roraima e Santa Catarina.

Nessa etapa, serão identificados quais os ajustes a serem feitos pela equipe de desenvolvimento do software. Uma vez aprovada, a versão poderá ser apresentada oficialmente para o Plenário do CNJ como proposta de resolução.

Segundo a juíza auxiliar da Presidência do TJRR, Bruna Zagallo, a antiga ferramenta, conhecida como Banco Nacional de Mandado de Prisão, era subutilizada. “Funcionava apenas para o cadastro do mandado de prisão em aberto, ou seja, o juiz determinava que alguém fosse preso, essa pessoa não era encontrada e ficava em aberto até o mandado ser cumprido”, disse.

Agora, conforme Bruna, o Banco Nacional de Monitoramento de Prisão terá alcance muito maior, não apenas para o mandado de prisão em aberto, mas para que se saiba efetivamente a situação do preso. “Vamos poder saber se a pessoa está presa, e se há mandado de prisão em aberto em outros estados, e vai ficar um registro efetivo dessa pessoa”, destacou.

A intenção com a implantação do novo banco de dados é solucionar a imprecisão das informações sobre a população carcerária, o déficit de vagas dos presídios e a quantidade de mandados de prisão não cumpridos no Brasil. “Em todo o Brasil há muitos mandados de prisão em aberto e que não são cumpridos porque a pessoa não é localizada”, disse a juíza.

Com o envio automatizado de outras peças do processo, como alvarás de soltura ou certidões de cumprimento da ordem de prisão, o Poder Judiciário passará a ter o monitoramento de todo o histórico da pessoa presa.

Para a juíza, um dos destaques da nova ferramenta será a maior intercomunicação com os tribunais, como uma padronização dos autos. “Porque a partir desse banco, todos os mandados terão números específicos do banco e vai parar com a questão de a decisão servir como mandado e não alimentar o banco como deveria”, ressaltou.

Ela explicou que, antes de a ferramenta ser implantada, os juízes passarão por treinamento. “Ainda receberemos treinamento, porque foi totalmente modificado e a tendência é que vários serviços sejam acrescentados, como biometria para ter cadastro do preso, além de vários pontos que poderão ser agregados”, frisou. (L.G.C)

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.