O período chuvoso começa a se intensificar e, com isso, a necessidade de reforçar os cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. O Conselho de Secretarias Municipais de Roraima (Cosems) distribuiu testes rápidos para todos os municípios. O objetivo é realizar a triagem das doenças zika, dengue e chikungunya, causadas pelo mosquito.
Ao todo, o Ministério da Saúde (MS) disponibilizou 550 mil testes, sendo 250 mil para constatar a chikungunya, 250 mil para diagnosticar dengue e 50 mil para zika. O presidente do Cosems, Helenilson Soares, informou que a distribuição aos 15 municípios do Estado já começou. O abastecimento será realizado conforme o perfil epidemiológico, ou seja, a região que apresentar maiores índices de zika, por exemplo, recebe mais testes.
Além do índice de casos, também foi levado em consideração o fluxo migratório. Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) apontaram que os casos estão concentrados em Boa Vista, tendo em vista o número populacional. Para Soares, os testes rápidos chegaram em um momento oportuno devido o início do inverno. “Todos que tiverem sinais e sintomas de uma das doenças vão realizar o teste”, informou.
Na avaliação do presidente do Conselho, a quantidade de testes deve atender toda a população durante todo o ano de 2018. Na prática, o teste será solicitado pelo profissional de saúde no momento do atendimento se ele identificar no paciente uma das patologias. A partir da suspeita, ele solicita a testagem e, na própria unidade de saúde, o teste já será realizado. Os resultados devem sair em até 30 minutos.
Considerando a importância da coleta de amostra e a dificuldade logística enfrentada pelos municípios mais distantes, Soares destacou que o teste é uma ferramenta relevante para o controle da doença no território estadual e até mesmo para que o paciente não se perca. “Há casos em que o médico suspeita, ele é notificado, porém não coleta a amostra e não fecha o caso no sistema”, finalizou.
CASOS – Desde o ano passado, os três municípios com maior número de casos de chikungunya e dengue foram Boa Vista, com 4.957 casos de chikungunya e 3.124 de dengue; Rorainópolis, com 631 registros de chikungunya e 687 de dengue, e Mucajaí, com 531 e 585 respectivamente. Em relação à zika, Boa Vista continua ocupando a primeira colocação, com 803 casos, seguida por Mucajaí, com 187 e São Luiz do Anauá, com 52 casos registrados até o momento. (A.G.G)