Cotidiano

Tabela não foi regulamentada, mas preços dos fretes continuam iguais

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As indefinições quanto ao preço do frete para transporte de cargas feito por caminhões ainda não chegaram ao fim. A paralisação dos caminhoneiros acabou, mas a decisão quanto ao preço justo para o frete está longe de se alcançar. 

Em Roraima, os caminhoneiros continuam cobrando os mesmos preços, que segundo a categoria, estão abaixo do que deveria ser. O ‘lucro’ acaba sendo usado para abastecer os veículos, e a redução no preço do diesel, prometida pelo Governo Federal, não chegou às bombas.

Segundo o caminhoneiro Áquila Costa, um dos líderes do movimento de paralisação no mês passado, hoje o frete de Manaus para Boa Vista está em torno de R$ 125,00 a tonelada para a carga a granel. Para cargas como calcário e cimento, o preço não chega a R$ 100,00. “Uma carreta com 6 eixos suporta 29 toneladas e carretas de 9 eixos, 53. Sendo assim, com os preços em prática hoje, só dá para pagar os encargos”, lamentou. 

Já de Roraima para o Amazonas, a carga é a produção agrícola das vicinais. “São bananas, melancia, castanha e tudo mais que o Estado exporta para o Amazonas. Estas são as piores estradas, pois as produções estão nas vicinais. Além de ficar no prejuízo, ainda corremos o risco de danificar o veículo. Falta de investimento nas vicinais onde não tem ponte, não tem estrada, nesses casos o frete já nem compensa. Algumas cargas só valem a pena buscar no verão”, disse. 

Ele também lembrou das entressafras, quando o preço é sempre a combinar, pois não há fiscalização. “Só há fiscalização do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), pois o recolhimento interessa ao Governo, mas sobre o preço do frete, jamais. Então, de todos os lados há insatisfação, trabalhamos pra pagar as contas e sempre temos que deixar uma aqui e outra ali sem pagar. Infelizmente este é o nosso cenário”, afirmou. 

Ele disse que além do pagamento do ICMS, eles precisam desembolsar com mão de obra para carga e descarga. “O dinheiro que sobra é pro diesel. Já que um caminhão faz apenas 3.2 km por litro e a carreta 2.4 km por litro, às vezes nem pra isso dá. Em muitos casos não temos lucro e em outros temos só prejuízo”, disse.

Quanto à redução de R$ 0,46 no preço do diesel, prometida pelo Governo Federal para por fim à greve, ainda não chegou nas bombas dos postos de Roraima. “Resumidamente, nada ainda se resolveu. As discussões estão em andamento, esperamos uma solução que agrade a todos. Continuar do jeito que está, tá bem difícil”, pontuou. 

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