Cotidiano

Sitram diz que escolas não têm estrutura sanitária para volta às aulas

Sindicato afirma que os servidores não são contra o retorno às salas de aula, mas apontou problemas como a falta de um protocolo de segurança

O Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sitram) criticou a forma como o retorno das aulas na rede municipal, marcada para a próxima segunda-feira (13), está sendo conduzido pela Prefeitura de Boa Vista.

O sindicato afirma que os servidores não são contra o retorno às salas de aula, mas apontou como pontos problemáticos a falta de um decreto sobre o retorno das aulas, de estrutura sanitária em algumas escolas da capital, de informação sobre quantos trabalhadores foram vacinados com as duas doses e dos que compõem grupos de risco e de um plano para retorno seguro dessas aulas. 

Estrutura física

A vice-presidente do Sitram, Lucinalda dos Santos Coelho, disse que o sindicato inspecionou várias escolas da capital e constatou que muitas delas não têm condições sanitárias que o momento de pandemia requer. A FolhaBV , inclusive, abordou esse assunto sobre uma das escolas da capital. 

“Estivemos na Smec [Secretaria Municipal de Educação] justamente para alertar para esta situação. O Sitram fez visitas de rotina nas escolas e não existe estrutura para retorno. O que estão tentando fazer não está de acordo com a OMS”, disse a vice-presidente.

Plano de retorno

A representante destacou que, embora tenha sido solicitado, até o momento o sindicato não tem informações sobre quantos profissionais e alunos existem em cada unidade escolar, quantitativo de profissionais imunizados com a segunda dose, quantos são considerados do grupo de risco, e ainda, quais os protocolos de segurança serão adotados para o retorno das aulas. 

“Queremos que a prefeitura realize um protocolo de segurança, assim como cobrou das escolas particulares. A rede particular obedeceu protocolo e essa mesma prefeitura não demonstrou aos servidores esse protocolo para a rede pública. O que nos deixa ansiosos é não ter esse protocolo”, destacou. 

O sindicato disse que cobrou do Ministério Público que fiscalize a forma como este retorno às aulas está sendo conduzido. 

Prefeitura

A FolhaBV entrou em contato com a prefeitura e fez questionamentos com base nas declarações do sindicato, mas até a publicação desta reportagem não houve resposta.