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Desmatamento na Amazônia cai 21,8% e número é o menor desde 2019

Dados foram apresentados nessa quarta-feira (8) pelo governo federal

Área desmatada na Amazônia em 2022 - Foto: Chico Batata/Greenpeace
Área desmatada na Amazônia em 2022 - Foto: Chico Batata/Greenpeace

O índice de desmatamento na Amazônia caiu 21,8% em um ano, segundo dados divulgados pelo governo federal nesta quarta-feira (8).

De acordo com os números do satélite Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de agosto de 2022 a julho de 2023 foi desmatada uma área de 9.064 km², número inferior aos 11.594 km² registrados um ano antes. A área desmatada na Amazônia no último ano é a menor registrada desde 2019, quando se atingiu 10,1 mil km².

Em novembro do ano passado, o governo já tinha divulgado uma estimativa desta taxa, que mostrava uma queda de 22,3%. A variação, segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, está dentro da margem de erro.

Desmatamento zero

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A meta de zerar o desmatamento na região até 2030 é uma promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma das principais vitrines do Brasil na discussão global sobre clima. A principal estratégia do governo para reduzir o desmate foi o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm).

“Esses resultados são a combinação de instrumentos: as ações de fiscalização, mas também as ações voltadas para outros eixos do PPCDAm. Como, por exemplo, instrumentos econômicos e creditícios, aporte de recursos para que a gente possa fazer uma abordagem positiva, ajudando a mudar modelos de desenvolvimento, criando alternativas de base sustentável”, afirmou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

Governo elabora plano para mudança climática

Durante a apresentação dos dados, a ministra Marina Silva falou sobre a importância do combate ao desmatamento no âmbito das políticas relacionadas às mudanças climáticas. Marina afirmou que o governo trabalha na construção de um “PPClima”, em referência ao PPCDAm, para preparar municípios para eventos extremos causados pelo clima. A ministra mencionou a situação do Rio Grande do Sul, onde até o momento 100 pessoas morreram em decorrência de enchentes.

*Com informações do Estadão.