Cotidiano

Sindicalista critica contratação de condutores de ambulância terceirizados

Robson Avelino de Carvalho diz que Governo tomou decisão contraditória, enquanto fez um processo seletivo para a formação de cadastro de reservas de profissionais da área. Poder Executivo ainda não comentou as declarações

O presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado de Roraima (Sindconam), Robson Avelino de Carvalho, criticou a decisão do governo estadual de contratar serviços de motoristas e condutores de ambulância para atender as unidades de Saúde do Estado, enquanto fez um processo seletivo para a formação de cadastro de reservas de profissionais da área.

O resultado da licitação que contratou a empresa especializada nos serviços foi publicado no Diário Oficial do Estado de 12 de abril. O valor total do certame é de R$ 13.863.804,00. “Fomos surpreendidos com uma licitação de terceirização do nosso serviço”, disse Robson Avelino.

No seletivo da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), 332 candidatos a condutor de ambulância foram classificados: a maioria na capital Boa Vista (167). A inscrição para o cargo custava R$ 55 e os profissionais, quando forem chamados, vão receber R$ 1.936,28 para o exercício de 30 horas semanais.


Robson Avelino, presidente do Sindconam, em entrevista à Folha (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Para o sindicalista, a decisão do Governo foi “contraditória”. “Se havia essa licitação pra possível terceirização, por que o governador abriu processo seletivo oneroso pros candidatos?”, questionou.

Robson Avelino prometeu pedir, no Ministério Público Estadual (MPE-RR), a revogação do processo licitatório que contratou a empresa de transportes.

Por fim, o presidente do Sindconam pediu a urgente convocação dos condutores de ambulância classificados no seletivo e ainda defendeu a realização de concurso público para a classe, sob o argumento de que, atualmente, o Estado só tem profissionais seletivados, e possui um déficit atual de 219 profissionais da área.

Procurado, o Governo de Roraima não comentou o assunto até a publicação da reportagem.