Representantes de órgãos do Governo estadual, vinculados ao Programa de Desenvolvimento Sustentável, Geração de Empregos e Renda de Roraima (Progredirr), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do setor produtivo discutiram a possibilidade de o estado autorizar o plantio de algodão transgênico.
Os diálogos e repasses de informações ocorrem após a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança emitir parecer favorável à produção de algodão transgênico em Roraima, com base em estudo de impacto ambiental realizado pela Embrapa. De acordo com o diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aderr), Vicente Barreto, a reunião serve para orientar a decisão da governadora Suely Campos sobre o assunto.
Caso a governadora resolva favoravelmente, o estado formalizará a decisão junto ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para publicação de Portaria, com a finalidade de retirar Roraima da zona de exclusão para o plantio de algodão transgênico, a exemplo do que já ocorreu com o Estado de Tocantins.
Segundo explicou o chefe da Embrapa em Roraima, Otoniel Ribeiro, em todo o bioma amazônico não era possível plantar algodão transgênico, pois ainda não havia sido feito nenhum estudo de impacto. “Hoje, estamos discutindo a temática com os órgãos implicados e com os produtores rurais, para oferecer subsídios à decisão do governo”, relatou.
“Uma das maiores preocupações em relação aos transgênicos é o impacto sobre outras espécies. No caso de Roraima, não há população silvestre que possa cruzar com o algodão transgênico”, afirmou o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Roraima, Aluísio Alcântara.
VANTAGENS
Alcântara destacou, entre as qualidades econômicas do algodão transgênico, a menor utilização de agroquímicos no cultivo e a potencial agregação de valor ao produto, inclusive com a possibilidade de instalação de indústria têxtil no estado e geração de empregos, foram destacadas pelos representantes do setor produtivo.
Com informações do Governo de Roraima.