Cotidiano

Sesau rebate críticas e afirma que sempre esteve disposta a dialogar com o CRM

Segundo a pasta, a governadora teria agendado uma reunião com a direção da entidade, mas que ninguém compareceu na hora marcada

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Em resposta as alegações feitas por profissionais de saúde em coletiva de imprensa realizada no fim da manhã desta segunda-feira, 30, pelo Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM-RR), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) declarou ser inverídica a informação de que o Governo não estaria aberto ao diálogo.

“Nesta segunda-feira, 30 de julho, a governadora Suely Campos abriu a agenda para receber a presidente do CRM, às 9h, mas ninguém compareceu”, relatou a pasta, em nota.

A Sesau também destacou como mentirosa a informação sobre falta de segurança no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN). A Secretaria disse que a unidade conta com o suporte de uma empresa para garantir a proteção a pacientes e médicos. Dois destes servidores, inclusive, também teriam sido agredidos na noite do sábado, 28, quando tentaram defender a equipe médica que sofria ameaças de um venezuelano que se recusou a submeter-se as regras a que todo brasileiro está obrigado.

“Diante das agressões, a Polícia Militar foi acionada e foram adotadas todas as providências necessárias para garantir a integridade dos servidores e pacientes”, completou.

Ainda segundo a nota, a Sesau vem envidando todos os esforços para garantir atendimento de saúde humanizado e com qualidade, inclusive com o aumento de recursos que passou de 12% para 18% na atual gestão. “Nunca se fez tanta cirurgia no Hospital Geral de Roraima (HGR) como agora. Contudo, por mais investimentos que se faça, tem sido insuficientes para minimizar os impactos causados pela crise migratória na saúde. O número de atendimentos a estrangeiros no ano passado cresceu 6.500%. Somente na maternidade, no período de janeiro a junho de 2018, foram realizados mais partos em mulheres venezuelanos do que em todo o exercício de 2017”, complementou.

A Sesau ressalta também que no Pronto Atendimento Airton Rocha e no HGR, a situação de sobrecarga não é diferente. Em 2015 foram registrados 628 atendimentos a estrangeiros. Esse ano, até meados de julho, já foram atendidos 9.699 venezuelanos e essa demanda só cresce a cada dia. No Hospital Délio Tupinambá, em Pacaraima, uma das primeiras Unidades de Saúde onde os venezuelanos que chegam ao Brasil procuram atendimento médico, no primeiro semestre deste ano, já foram realizados 10.368 atendimentos. Desse total, 3.859 são brasileiros, e 6.509 são venezuelanos.

“É uma situação excepcional, atípica que nenhum governo, no Brasil ou no mundo, está preparado para suportar financeiramente e que é do conhecimento do CRM”, frisou.

A pasta comenta ainda que saúde estadual não dispõe mais de orçamento para custear esse acréscimo em relação ao crescente número de atendimentos de imigrantes, tendo ainda feito inúmeros pedidos de auxílio foram enviados ao Governo Federal, que infelizmente foram todos negados.

“Na Ação Cível Originária que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), o Governo pede o ressarcimento de R$ 70 milhões já gastos no atendimento a estrangeiros e solicita aumento de verba para custear os atendimentos que só aumentam. A Sesau e o governo sempre estiveram abertos ao diálogo com todas as classes do setor, no sentido de identificar problemas e buscar as soluções, bem como prestar esclarecimentos sobre as ações tomadas em busca de melhorias para o a saúde”, argumentou.

A nota cita ainda que busca de manter o abastecimento de forma que não faltem materiais nem remédios para atender os pacientes, vários processos para aquisição de medicamentos estão em andamento na Comissão Setorial de Licitação. Entre os processos já licitados, estão os de aquisição de medicamentos de uso oral, antissépticos, quimioterápicos, oftálmicos, antiinfecciosos, entre outros.

“Sobre os itens citados na entrevista coletiva, o estoque de luvas cirúrgicas está regular. Já os fios cirúrgicos são divididos em diversos modelos diferentes, cada um para uma finalidade. A Coordenação Geral de Assistência Farmacêutica recebeu na semana passada uma remessa desse material, o que reforçou o estoque. Além disso, a Coordenação está finalizando os trâmites para realizar a licitação dos demais modelos de fios cirúrgicos, de forma a evitar prejuízos aos pacientes que necessitam passar por cirurgia”, concluiu.

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