Na tarde desta sexta-feira, 25, a FolhaWeb publicou denúncia relacionada a uma ocorrência de maus tratos a um paciente internado no trauma do Hospital Geral de Roraima (HGR).
Em resposta à reportagem, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) esclareceu que João Araújo Filho, 66 anos, internado na unidade há nove dias sob os cuidados da clínica médica da unidade, faz uso de sonda nasoentérica (introduzida através do nariz e passada pelo esôfago e estômago até o trato intestinal) e conforme as normas de procedimento, o item deve ser trocado em até 30 trinta dias, uma vez que a troca diária expõe o paciente a risco de infecções e trauma local.
Conforme a Sesau, após apuração preliminar do ocorrido, a direção do Hospital Geral de Roraima (HGR) informou que a enfermeira do plantão orientou o acompanhante a manter vigilância para que a sonda não fosse retirada pelo mesmo, fato que vem ocorrendo pelo quadro de sonolência alternado com agitação leve.
“A direção do HGR ressalta que, em nenhum momento, a enfermeira agiu de forma desrespeitosa com a acompanhante e o paciente, mesmo tendo sido, segundo relatos da servidora, desacatada no exercício de sua função. Ela afirma que apenas frisou que acionaria o policial da unidade para retirada da acompanhante caso a mesma continuasse a agredi-la verbalmente e tumultuar o serviço”, destacou.
Ainda segundo a Secretaria, a Ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS) instalada na unidade, juntamente com a coordenação do serviço, conversou com um dos irmãos do paciente e este pediu desculpas pelo fato ocorrido e se comprometeu a conversar com sua família para que situações como essa fossem evitadas.
“A Sesau ressalta que qualquer cidadão tem o direito de reclamar caso seja mal atendido, e caso isto ocorra, os envolvidos serão devidamente responsabilizados, uma vez que a secretaria não compactua com qualquer atitude desrespeitosa adotada por seus servidores. No entanto, a pasta ressalta que o respeito deve ser uma via de mão dupla e que o desacato de funcionário público no exercício da função ou em razão dela se configura como crime. De todo modo, a Sesau lamenta o ocorrido e ressalta que o diálogo é sempre a melhor solução. Para isto, a direção da unidade, a Ouvidoria e a Sesau estão à disposição da população para prestar quaisquer esclarecimentos necessários sobre o atendimento a um paciente”, finalizou.