Cotidiano

Servidores do Samu denunciam falta de estrutura para trabalhar

Denunciantes disseram que quando os moradores do município precisam acionar o Samu têm que ligar para o telefone pessoal dos servidores

Funcionários públicos que trabalham no Samu de Rorainópolis entraram em contato com a Folha de Boa Vista para denunciar que estão há três anos sem receber fardamento e sem um profissional para atender as ligações telefônicas com demandas da população. Denunciam ainda que o DEA (desfribilador automático externo) está há meses sem uso, porque não tem pá e a única que existe é usada para atender todos os pacientes. Segundo eles, tem um mês que estão sem ambulância e que o atendimento é feito com apoio dos bombeiros.

“A situação no Samu de Rorainópolis, a cada dia que passa, fica pior. E a prefeitura faz pouco caso”, ressaltou uma servidora que pediu para não ter a identidade revelada. Segundo ela, os moradores do município quando precisam acionar o Samu têm que ligar para o telefone pessoal dos funcionários. “Isso ocorre porque no prédio do Samu não tem telefone fixo”, disse.

Segundo ela, há a falta de materiais, e o DEA (desfribilador automático externo) tem meses que não é utilizado porque não tem pá, que é essencial para reanimação. “Trabalhamos apenas com uma pá, para atender todos os pacientes. Até a medicação usada para atendimento está vencida, passamos o dia todo sem água, quando chega é fraca”, ressaltou.

Sobre a falta de água, a servidora comentou que a Secretaria de Saúde mandou uma caixa d’água, mas não foi instalada. “Pra piorar, nossa ambulância só vive na oficina, agora mesmo estamos quase 30 dias sem essa viatura, mas graças a Deus temos os bombeiros que estão fazendo o trabalho do Samu”, comentou.

No Samu de Rorainópolis trabalham 12 funcionários, sendo seis técnicos e seis condutores de ambulância, em plantão de 12 horas. Tem ainda um coordenador, uma secretária e uma cozinheira. “Essa cozinheira é a mesma que faz a limpeza, e não era pra ser assim, mas a cozinheira que tínhamos foi dispensada”, afirmou.

PREFEITURA – A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Rorainópolis, mas não obteve resposta sobre a situação. O espaço segue abeto para um posicionamento.