Cotidiano

Servidores do INSS e de outros órgãos se mobilizam para doar sangue

A ação de doar sangue visa sensibilizar o Governo Federal sobre as reivindicações pleiteadas na mesa de negociações e mostrar para sociedade roraimense a necessidade de se aumentar o estoque de sangue no Hemocentro

Servidores do INSS e de outros órgãos se mobilizam para doar sangue Servidores do INSS e de outros órgãos se mobilizam para doar sangue Servidores do INSS e de outros órgãos se mobilizam para doar sangue Servidores do INSS e de outros órgãos se mobilizam para doar sangue

Na manhã desta quinta-feira, 27, funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e de outros órgãos, aderiram à mobilização nacional dos servidores federais, que acontece em várias capitais do país em favor da paralisação dos servidores que estão em greve. A ação de doar sangue visa sensibilizar o Governo Federal sobre as reivindicações pleiteadas na mesa de negociações e mostrar para sociedade roraimense a necessidade de se aumentar o estoque de sangue no Hemocentro do Estado de Roraima.

Segundo o servidor do comando de greve do INSS, Luis Fellipe Souza, em Roraima a mobilização começou no Instituto. “Nós deliberamos para que fosse feito algo que contribuísse com a sociedade e não trouxesse mais prejuízos que a greve, então a ação de fazer doações de sangue foi no sentido de sensibilizar a população de que as nossas reivindicações, não são apenas para categoria, mais também no sentido de melhorar a sociedade”, afirmou Fellipe.

“Foi por isso que idealizamos essa ação, convidamos servidores federais de outros órgãos que estão em greve para aderirem a nossa mobilização, a ideai foi comprada e  hoje estamos concretizando essa mobilização”, ressaltou.

A agência do INSS em Boa Vista continua funcionando de forma parcial e alguns atendimentos foram comprometidos. “A maioria dos servidores que aderiram à greve fazem parte da equipe que faz o atendimento ao público, mas ressalto que nós estamos cumprindo com a porcentagem determinada pelo STJ, de 60% da força de trabalho por gerência”, informou Fellipe.

Segundo o servidor, o governo se manifesta de forma totalmente intransigente, faz descontos indevidos dos grevistas. As propostas da direção do INSS são sempre as mesmas. “Houve uma reunião ontem, 26 de agosto, e o governo não apresentou nada formal, só conversa e não houve avanço nas negociações, contínua condicionando em função dos outros pontos negociados, o aceite de 21% de correção nos nossos salários, dividido em quatro anos”, comentou.

Os servidores seguem o movimento nacional, e a determinação do comando geral de greve é no sentido de ampliar a greve é fortalecer a ação, até que o Governo Federal se sensibilize com os servidores federais como um todo, no final desse mês o órgão aqui no estado completa 30 dias de greve.

A servidora do INSS, Mara Núbia, disse que a doação de sangue para o Hemocentro é muito válida. “O estoque está abaixo da média e é extremamente necessário para toda população, porque o órgão distribui sangue para os hospitais tanto da rede pública como particular, são vidas que serão salvas e estamos doando sangue para mostrar para sociedade da nossa luta por melhorias funcionais no INSS e sensibilizar as pessoas da necessidade de se doar sangue para aumentar o estoque no hemocentro”, falou.

Greve SESAI

Cerca de 50 servidores da Secretaria Especial da Saúde Indígena (SESAI) também aderiram ao movimento dos funcionários públicos federais. Eles estão em greve desde dia 10 de agosto e seguem as reivindicações do comando nacional de greve.

O representante do comando de greve da SESAI, Pedro Galdino, ressaltou que esse é um momento importante, porque demonstra que os servidores têm solidariedade com a população, ao contrario do que muita gente pensa. “Às vezes criticam o movimento por não entender qual é a realidade das reivindicações do movimento, então nós resolvemos juntamente com outros órgãos federais adotar essa estratégia, como forma de chamar atenção e mostrar para a sociedade que também estamos preocupados com a saúde da população”, afirmou.

Galdino disse que estão aproveitando a ocasião para fazerem algumas reflexões em torno da realidade na Saúde Indígena. “A nossa luta é por melhores condições de trabalho e, com intuito de fortalecer o subsistema dos povos indígenas, no entanto nós não estamos vendo esses avanços, e esse momento serve para fazermos nossas reivindicações”, frisou.

“Nós trabalhamos com 37 polos básicos e muitos deles não tem as condições necessárias para os trabalhadores desempenharem suas funções da atenção básica, que é de responsabilidade da saúde indígena. Somos em torno de 50 servidores e estamos imbuídos nessa proposta de reivindicação nacional e continuaremos até quando o governo se posicione em realção aos nossos pleitos”, afirmou Galdino.

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