Cotidiano

Servidores do 3º e 4º DP trabalham em local improvisado onde funcionava feira

Além do prédio inadequado, estrutura apresenta goteiras, infestação de cupim e é tomado pela fedentina de fezes de pombo

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Após a Folha divulgar a situação precária do 1º Distrito Policial (DP) e da ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) contra o Estado de Roraima para que fosse realizada a manutenção, edificação, instalação e reformas nas unidades policiais da Capital, ontem foi a vez de servidores lotados no 3º e 4º DPs denunciarem a precariedade do local onde trabalham. Segundo eles, estão concluídos 90% das obras do novo prédio do 3º DP, que estão paralisadas há um ano.

Os servidores disseram que as duas delegacias não apresentam as mínimas condições para prestar o trabalho de atendimento à população. “As duas delegacias estão improvisadas num puxadinho onde antes funcionava uma feirinha no bairro Santa Teresa”, disseram.

Os problemas estruturais maiores começaram agora, no período chuvoso, com o aparecimento de goteiras nas salas, algumas escorrendo pelas lâmpadas, que precisam ser desligadas por receio de princípio de incêndio, além de infestação de cupim e a fedentina de fezes de pombos, que têm levado servidores a apresentarem doenças como coceiras, dor de cabeça e nos olhos. “Alguns pequenos concertos são feitos com nosso dinheiro, mas a limpeza é feita apenas uma vez por semana, e isso tem prejudicado nossa saúde”, disse um servidor.

A Folha esteve no local, falou com outros servidores e constatou os problemas, além de perceber que o mato no terreno dá um aspecto sombrio e de abandono ao local. “Com o início das chuvas, as fezes de pombos começaram a feder muito, e aliada às goteiras e à possibilidade de riscos de incêndios, já que a água desce pelas lâmpadas. Fica quase impossível fazer um bom atendimento à população. Todos estes problemas já foram comunicados aos superiores, mas nada foi feito até agora e isso faz a gente perder o estímulo para trabalhar”, relatou outro servidor. 

A Folha foi até o local onde está sendo construída a sede do 3º DP e constatou que as obras estão paralisadas. O prédio segue o mesmo modelo do 5º DP, no Distrito Industrial, e já está praticamente concluído, faltando apenas colocar portas, janelas, vidros e luminárias, além de uns poucos lances de acabamento.  

“Essa obra está paralisada há um ano e cinco meses, coincidentemente desde que esse novo governo assumiu. Além dessa obra, que está mais adiantada, as do 1º DP e da Delegacia do Município de Caracaraí também estão paralisadas”, frisou ao complementar que o projeto da obra seria apenas para abrigar o 3º DP, mas os servidores disseram que, pelas circunstâncias de precariedade dos atuais prédios, uma vez pronta, a nova sede poderia abrigar os dois distritos policiais. “Se colocarem as portas e vidros, poderíamos ir para o novo prédio. É muito melhor que ficar aqui sem ter condições de trabalhar”.   

GOVERNO – Em nota, o Governo do Estado informou que as obras do 3º DP, no valor de R$ 1.960.245,48, estão em fase de conclusão, sem data prevista para entrega, conforme o diretor de obras e engenharia da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinf), Vinicius Seabra.

Ele informou que a Delegacia Cidadã, que funcionará no 4º DP, está com as obras, no valor de R$ 1.598.694,76, paralisadas devido ao processo de rescisão do contrato, por parte do Estado, para a realização de uma nova licitação pela Seinf. A diretora em exercício do Departamento Administrativo da Delegacia- Geral da Polícia Civil, delegada Idnéia Chagas, informou que nos próximos dias será realizada uma dedetização em todas as delegacias do Estado. (R.R)

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