Cotidiano

Servidores da Polícia Federal aderem à mobilização nacional contra PEC 287

Durante a mobilização, os servidores discutiram as consequências da reforma e analisaram a possibilidade de greve

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Em todo o País, servidores da Polícia Federal – agentes, delegados, escrivães, papiloscopistas, peritos e servidores administrativos – fizeram ontem, 5, um protesto, para discutir o estado de greve como represália à Proposta de Emenda Constitucional 287/2016, que trata da reforma da Previdência Social. Em Roraima não foi diferente. O Sindicato dos Servidores da Polícia Federal no Estado de Roraima (Sinpofer-RR) realizou a mobilização pela manhã, em frente à Superintendência do órgão, na Avenida Brasil.

Atualmente, os profissionais de segurança pública estão incluídos na categoria de servidores que exercem atividade de risco, em razão da natureza da atividade policial que é considerada complexa, estressante e que exige condições físicas, psicológicas e regime de trabalho diferenciado. O Sinpofer acredita que a proposta feita pelo Governo Federal, que está em discussão no Congresso Nacional, está em descompasso com o tratamento dado por outros países à aposentadoria policial, sendo um retrocesso para a segurança pública.

O presidente do Sinpofer, Renato Carvalho, acredita que, ao longo dos anos, reformas devem ser realizadas desde que haja ampla participação da comunidade, o que não ocorreu com a PEC em questão. Carvalho frisou que o objetivo principal é mostrar aos parlamentares do Estado que todos os agentes, delegados, escrivães, papiloscopistas, peritos e servidores administrativos da Polícia Federal apoiam as manifestações já realizadas.

“Para que haja uma reforma na Previdência Social, é necessário que primeiro se faça uma auditoria nos dados do Sistema de Seguridade Social de forma transparente, para que seja identificada a real necessidade de reformas”, destacou o presidente, explicando que diversas entidades contestam o argumento do Governo Federal quanto ao déficit previdenciário e apontam que não estão sendo consideradas as outras fontes de custeio incidentes sobre impostos, como Cofins e PIS-PASEP.

Além disso, ele afirmou que a União vem desviando a Previdência com renúncias, isenções fiscais e retiradas de recursos do Sistema de Seguridade Social “mediante a Desvinculação de Receitas da União (DRU), sem esquecer a falta de cobrança de dívidas de grandes empresas ante a Previdência”.

Membro da Frente Sindical, Popular e de Lutas contra a PEC 287, Carvalho reforçou o pedido aos parlamentares de Roraima para que votem contra a PEC 287, a fim de que seja rejeitada de forma integral, e convocou os profissionais de segurança pública e demais trabalhadores para exigir dos representantes na Câmara e no Senado “que não compactuem com essa proposta que ataca todos os trabalhadores brasileiros”.

SINDPOL – Presente na mobilização, o presidente do Sindicato dos Policias Civis de Roraima (Sindpol), José Nilton Pereira, argumentou que a sociedade precisa saber as maldades que a PEC 287 traz. “O projeto atinge os trabalhadores da iniciativa privada e do meio rural, atinge os pais, filhos e netos que não nasceram. É uma luta para gerações, por isso estamos mobilizados. Sendo contra a PEC, estamos juntos. A terceirização já é lei e trouxe grandes prejuízos”, finalizou. (A.G.G)

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