Depois de 53 dias em greve, os servidores de educação decidiram suspender o movimento até o 6 de junho. A decisão foi tomada após reunião realizada ontem à tarde entre os representantes do Sindicado dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter) e da Secretaria Estadual de Educação (Seed). No acordo ficou firmado que hoje os servidores retomam as atividades nas escolas, sem corte de pontos na folha de pagamento referente aos dias em que eles estiveram parados.
O diretor do Departamento dos Técnicos Educacionais do Sinter, Michel Nogueira, disse que está prevista outra reunião para o dia 06 de junho, quando o comando de greve tratará, com os representantes do governo, das propostas relativas ao aumento de R$ 664,16 do abono para o funcionário. Durante os 53 dias de paralisação, eles reivindicavam também a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações para os Técnicos Educacionais (PCCRTEC).
Nogueira informou que os artigos 61 e 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) reconhece os servidores como técnicos educacionais da educação básica depois de profissionalizados em cursos técnicos da área de educação. Segundo ele, merendeiras, auxiliares de serviços gerais, motoristas, almoxarifes, auxiliares administrativos, assistentes administrativos, assistentes de alunos, secretários de escolas, entre outros, são servidores efetivos e capacitados através de cursos técnicos.
SEED – Em nota, o Governo de Roraima informou que no dia 2 de maio foi realizada uma reunião no Palácio do Governo com os grevistas, quando foram informados que os técnicos já fazem parte do quadro geral do Estado, com Plano de Cargo, Carreira e Remuneração, instituído pela Lei 1030/2016, que está em implantação.
Informou ainda que eles terão quase 90% de aumento salarial no decorrer dos próximos dois anos. “Neste primeiro ano já terão 50% de aumento. O governo acredita que esta é uma proposta razoável, levando em consideração a crise econômica que o País vem enfrentando”, frisou.