Cotidiano

Servidores continuam em greve por salários atrasados

De acordo com servidores, salários dos três últimos meses ainda não foram pagos e ‘diálogo com Governo do Estado é inexistente’

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ANA PAULA LIMA

Editoria de Cidade

Em mais uma tentativa de chamar atenção do Governo do Estado, servidores da Companhia Energética de Roraima (Cerr) realizaram nova mobilização em frente à Assembleia Legislativa de Roraima na manhã de ontem, 10. Os servidores manifestam contra o atraso no pagamento dos salários que não é pago desde o mês de julho.

A mobilização contou com a presença de 15 pessoas, já que, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Urbanitários de Roraima (STIU-RR), Gissélio Cunha, boa parte dos funcionários não tem como chegar à concentração porque não tem dinheiro para gasolina e alguns estariam sofrendo ameaças de levarem falta se aderissem à greve. 

“A empresa anunciou que no mês de agosto faria o pagamento no dia 10 e não fez. Depois falaram que iriam pagar no dia 14 e nada. No dia 16, fizemos uma mobilização na Cerr e fomos retirados de lá pela Polícia. O Governo do Estado e a empresa não se manifestaram até hoje”, afirmou o sindicalista.

De acordo com o presidente do STIU, são em torno de 500 funcionários sem receberem os salários. Entre eles, estão ainda um total de 55 servidores cedidos à Eletrobras Distribuição Roraima após a perda de concessão por parte da Cerr em fornecer energia para os 14 municípios do estado. 

Sem respostas do Governo, os funcionários teriam procurado a presidência da empresa e também deputados estaduais para que pudessem conseguir uma resposta sobre a situação, mas conforme o presidente “lamentavelmente fazem pouco caso”. Desde o dia 30 de agosto os servidores resolveram deflagrar greve por tempo indeterminado, mantendo apenas os serviços essenciais. 

“A Cerr, desde que perdeu a concessão, deveria ter entrado em fase de extinção. Porém, parte dos empregados é concursada e precisa ser redistribuída para outras secretarias, mas não fizeram isso também. É o retrato perfeito do Brasil que não funciona, é uma gestão irresponsável e sem compromisso”, completou.

Para a servidora Lorena Viana Brasil, a situação de atrasos no salário é recorrente.

“Acima de tudo isso é desumano porque a gente não faz trabalho voluntário, mas estamos trabalhando para termos algo em troca, que é o nosso salário. Estamos passando por diversos constrangimentos, colegas meus já estão com o fornecimento de energia cortado”, apontou. 

Lorena fez um apelo para o Governo do Estado pedindo que mantenha a responsabilidade de arcar com os pagamentos dos servidores, já que é direito dos trabalhadores.

“Desde o início do ano a gente paralisa para tentar receber os nossos pagamentos, isso não existe. Não é um problema, um transtorno. É sempre que acontece”, desabafou.

OUTRO LADO – A equipe da Folha entrou em contato com o Governo do Estado para solicitar um posicionamento, questionando os motivos do atrasado e se haveria um prazo para ser feito o repasse. Questionou ainda sobre a informação que recebeu sobre a saída do presidente da Cerr, Kléber Coutinho, do cargo e quem estaria no lugar atualmente, porém, até o fechamento desta matéria, não recebeu resposta. (A.P.L)

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