Cotidiano

Serviço ‘Zap Chame’ para mulheres vítimas de violência tem novo número

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O número do serviço Zap Chame mudou: 98402-0502. O serviço do Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame) recebe mensagens enviadas unicamente através do aplicativo WhatsApp, 24 horas por dia, incluindo domingos e feriados. Mulheres de todo o Estado e até mesmo de outros lugares do Brasil podem entrar em contato.

Criado em abril deste ano, o Zap Chame é administrado por plantonistas capacitadas para ler e ouvir os relatos, prestar esclarecimentos sobre órgãos competentes aos quais as mulheres devem procurar ou convidá-las a irem pessoalmente ao prédio do Chame, na rua Cel Pinto, 524, Centro. Tornando-se uma grande ajuda para quem tem dúvida, medo ou vergonha e não sabe para onde denunciar a violência que sofre, o serviço já atendeu 176 mulheres de abril até novembro. Mulheres de outros estados também já enviaram mensagens para pedir informações e para parabenizar a iniciativa.

HUMANIZAÇÃO – A coordenadora do Zap Chame, Lielma Tavares, informa que, da primeira conversa no WhatsApp até o atendimento presencial, a mulher é tratada com humanidade. “Temos uma equipe multidisciplinar: psicólogo, assistente social e advogado, dentre outros, para que ela saia encorajada a denunciar seu agressor na delegacia, ou mesmo ser auxiliada por nós na parte cível: divórcio, divisão de bens, pensão alimentícia e guarda dos filhos. Nós temos um convênio com a Vara da Justiça Itinerante, então tudo o que é feito lá também é feito aqui, com o único diferencial que é este nosso tratamento humanizado”, frisou.

Por causa desse apoio multidisciplinar, as mulheres não precisam contar suas histórias várias vezes, como acontece em outros órgãos. As profissionais também conseguem ouvir e mediar os dois parceiros, identificar a natureza do conflito, se há necessidade de separação do casal. A maioria dos casos é de violência doméstica, mas Lielma Tavares lembra que nem sempre a mulher chega ao Zap ou ao prédio do Chame achando que é agredida. “Algumas dizem: ele nunca me bateu. Mas observamos pelo seu relato que ele empurra, puxa o seu cabelo, o que é uma violência física, por mais que na visão dela não seja”, disse.

A coordenadora ensina que a agressão doméstica não parte somente do marido, pode vir de uma vizinha, da melhor amiga, do irmão e até da mãe, e que não diferencia nível social nem cor da pele. “Existem ainda a violência patrimonial e a psicológica, esta última é a maior de todas, é silenciosa, deixa marcas na alma, causando depressão, suicídio, distúrbio mental. Aqui atendemos muitas mulheres que sofrem todos os tipos de violência”, exemplificou.

CASOS – Muitas das usuárias do serviço pedem discrição às plantonistas, mas há aquelas que após a conversa com as atendentes, se sentem à vontade para irem até o Chame. Lielma Tavares se lembra de uma mulher que entrou em contato primeiro pelo Zap Chame, até aparecer pessoalmente.

Na ocasião, confessou que antes de enviar a primeira mensagem pelo celular, já havia passado pela frente do local pelo menos dez vezes, desesperada, mas não sabia dizer o que a impedia de entrar: vergonha ou medo. “Ela foi orientada e quem sabe hoje não já resolveu o seu problema. O Zap Chame auxilia muitas pessoas, é muito importante. Que bom que há essa iniciativa em Roraima”, destacou. (NW)

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