COMPLEXO BARREIRA

Senador destaca potencial de terras raras em Roraima e pede prioridade do governo federal

Amostras processadas (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Amostras processadas (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

O senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) afirmou, em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (3), que pesquisas realizadas pela Universidade Federal de Roraima (UFRR) no Complexo Minerário Barreira, em Caracaraí, apontam para a existência de uma das maiores concentrações de terras raras já identificadas no mundo. A informação foi antecipada em primeira mão pela FolhaBV.

De acordo com o parlamentar, a área em estudo possui mais de 100 mil hectares e pode colocar o Brasil no centro da disputa global por minerais estratégicos.

“As terras raras são conhecidas como o ouro do século 21. São formadas por 17 elementos químicos diferentes, essenciais para a tecnologia moderna, passando por smartphones, televisores, turbinas eólicas, painéis solares e até mesmo pelos complexos sistemas de defesa militar. O Brasil ingressa no seleto grupo capaz de gerir com independência uma política de extração e gerenciamento de seus recursos voltada para a consolidação do desenvolvimento tecnológico”, declarou Mecias.

O senador Mecias de Jesus na Comissão de Meio Ambiente
O senador Mecias de Jesus (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

O senador ressaltou que o governo federal deve tratar a descoberta como prioridade de Estado, com legislação adequada, fiscalização rigorosa e planejamento de longo prazo, de modo que o potencial mineral seja convertido em avanços tecnológicos, econômicos e sociais para o país.

Ele destacou ainda que a região pesquisada pela UFRR está afastada de áreas sensíveis: “O local da descoberta está distante mais de 60 quilômetros de terras indígenas e mais de 50 quilômetros de áreas de preservação ambiental, minimizando assim os riscos socioambientais. Estamos preparados e munidos de conhecimento, tecnologia e comprometimento social e ambiental. Mas, para alcançar esse objetivo, será necessário que o governo federal entenda que a questão das terras raras precisa ser tratada como uma prioridade estratégica para o nosso povo, e não pode ser negociada como uma simples mercadoria primária”, concluiu.

Complexo Barreira fica em Caracaraí (Foto: Divulgação)
Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.