Cotidiano

Sem combustível conselheiros tutelares deixam de atender ocorrências na capital

Apenas ontem, dois casos envolvendo agressão a crianças deixaram de ser atendidos

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Desde ontem, 28, o trabalho de conselheiros do Conselho Tutelar de Boa Vista – Território 2, órgão do sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente, está prejudicado pela falta de combustível para abastecer o único veículo do órgão. A denúncia foi feita à Folha pelos próprios conselheiros tutelares.

De acordo com o conselheiro tutelar Franco da Rocha, ele sozinho atende uma média de 900 casos por mês. Apenas ontem, dois atendimentos graves deixaram de ser feitos pela falta de transporte. A unidade tem um veículo e cinco conselheiros. O abastecimento ocorre uma vez por mês, num valor de R$ 2.000, mas este mês o montante não supriu a demanda e o fornecimento foi negado.

“O carro tem que estar pronto na hora da ocorrência para que a gente possa sair imediatamente. São ocorrências que exigem certa celeridade. Acredito que o carro não deva ter limite de combustível e a prefeita tem o dever de manter o serviço de proteção à criança e ao adolescente”, disse o conselheiro tutelar.

Ainda segundo Franco da Rocha, documentos importantes deixarão de ser entregues a órgãos, notificações de envolvidos em denúncia, além de dois atendimentos graves não foram realizados. Em um dos casos, uma criança teria sido espancada e ferida pela madrasta com um facão no bairro Asa Branca. “Isso é muito grave como deve estar essa criança agredida com facão pela madrasta? Onde ela está? Recebeu atendimento médico? Quem garante o bem-estar dela?”, questionou o conselheiro.

OUTRO LADO – A Secretaria Municipal de Gestão Social informou que atualmente o Município possui três unidades de conselhos tutelares, uma no centro, uma no Caimbé e outra no bairro Pintolândia. Os veículos que atendem os conselhos, assim como todos os outros carros do Município, trabalham com uma cota de combustível prevista para o mês inteiro. Porém a secretaria tem registrado que o conselho do bairro Caimbé é o único que sofre com falta de combustível na capital.  Por isso, a secretaria investiga a situação, uma vez que o cálculo é feito com sobra para que o combustível seja suficiente até do dia 1º de cada mês e, somente nessa data, os carros são autorizados para novos abastecimentos. (E.S)

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