REDUÇÃO DE RISCOS

Roraima se prepara para enfrentar estiagem rigorosa com plano de contingência

(Foto: Nilzete Franco/Arquivo FolhaBV)
(Foto: Nilzete Franco/Arquivo FolhaBV)

A estiagem que se aproxima promete ser severa em Roraima. Para reduzir os impactos da seca sobre a população, a economia e o meio ambiente, o Governo do Estado, por meio do Corpo de Bombeiros Militar (CBMRR) e da Defesa Civil, iniciou em setembro a execução do Plano de Contingência para a Estiagem.

O gerente de Operações da Defesa Civil, tenente-coronel Leonardo Menezes, explicou que o plano foi construído com a participação de diferentes órgãos e prevê medidas preventivas e de resposta aos efeitos da falta de chuvas.

“É um trabalho que integra órgãos públicos, sociedade civil e produtores rurais, em iniciativas que garantam maior eficiência no uso da água, reduzindo prejuízos e assegurando o abastecimento mesmo em períodos de seca prolongada”, disse.

Capacitação no interior

Uma das primeiras ações previstas é a capacitação de produtores rurais e comunidades indígenas no interior. A ideia é difundir práticas de manejo do fogo, queima controlada e construção de aceiros para evitar queimadas descontroladas.

“Estamos na fase de preparação, mas em breve iniciaremos essa capacitação para potencializar o combate às queimadas e minimizar as perdas no interior”, afirmou Menezes.

Ciclo natural e o lavrado

De acordo com a Defesa Civil, a ocorrência de queimadas em Roraima está ligada ao ciclo climático da região e ao bioma predominante, o lavrado. Com vegetação baixa e plana, os ventos aceleram a propagação do fogo.

“É cíclico. Todo ano acontecem queimadas no lavrado. Por isso, o plano é elaborado com antecedência, para mitigar os efeitos da estiagem”, explicou Menezes.

Ele lembrou que o período crítico de incêndios costuma se intensificar entre novembro e fevereiro. “Não podemos esperar que os desastres comecem. Por isso já atuamos em preparação com diferentes agentes”, disse.

Ações conjuntas

Além do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, participam do Sistema Estadual de Proteção, Prevenção e Combate a Acidentes Florestais a Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cipa) da Polícia Militar, a Sesau (Saúde), a Seadi (Agricultura, Desenvolvimento e Inovação), a Sepi (Povos Indígenas), a Femarh (Meio Ambiente e Recursos Hídricos), entre outras instituições.

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