Cotidiano

Roraima reconhecerá empresas que contratam autistas

Projeto que vai à sanção governamental prevê emissão do documento por órgão determinado pelo Governo do Estado em arquivo digital, sem custos

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) aprovou nesta quarta-feira (22), por 17 votos, o Projeto de Lei que cria o selo “Empresa Amiga dos Autistas”. A ideia é enaltecer e homenagear os estabelecimentos empresariais que adotem política interna de inserção no seu quadro de empregados de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A proposta segue para a sanção do governador Antonio Denarium (Progressistas).

A matéria prevê a emissão do documento por órgão determinado pelo Governo do Estado em arquivo digital, sem custos. O estabelecimento detentor do selo poderá utilizá-lo em suas peças publicitárias por um período de dois anos, podendo ser renovado por iguais períodos, sempre condicionado a outras iniciativas que venham a ser adotadas pela empresa.

A proposta prevê que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário promovam, de maneira independente ou por meio de parcerias, campanhas com a finalidade de ampliar o conhecimento público do selo “Empresa Amiga dos Autistas”.

“Esse projeto visa a inserção das pessoas com autismo no mercado. Ganha o selo aquela empresa que reservar postos de trabalho para esse público, dando mais oportunidade, inclusão e independência para o autista”, explicou o deputado Neto Loureiro (PMB), autor da matéria.


O deputado estadual Neto Loureiro, autor da proposta (Foto: Eduardo Andrade/SupCom ALE)

O presidente da Casa, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), disse que “é significativo premiar com esse selo amigo as empresas que, de fato, têm essa preocupação com nossos autistas”.

Presidente do Programa de Atendimento Comunitário, que inclui o Centro de Apoio à Família (TEAMARR), a deputada Angela Águida Portella (Progressistas) avaliou que a criação do selo chama a atenção da sociedade para a necessidade permanente de inclusão.

“Há dez anos, eram 150 pessoas para um autista. Hoje, são 44. Uma parcela muito grande da sociedade para ficar fora do mercado de trabalho. Então nós precisamos, sim, conscientizar e tornar o ambiente favorável para a inclusão dessas pessoas”, destacou.