O Ministério da Agricultura disponibilizou, por meio do Plano Safra 2016/2017, acesso a recursos para o investimento no setor rural, tanto para agricultura familiar quanto para produtores de médio e grande porte.
No caso do agronegócio, foram liberados R$ 2 bilhões de modo geral, e para o Amazonas e Roraima, houve uma liberação da quantia de R$ 36 milhões. Já para a agricultura familiar, foram investidos R$ 600 milhões na Região Norte, com apenas R$ 6 milhões desta quantia destinados ao Estado de Roraima.
Conforme a gerente geral interina da agência de Boa Vista do Banco da Amazônia, Wânia Ramos Madeira, o limite de R$ 6 milhões foi implantado, mas caso haja uma demanda mais alta, poderá ainda ser ampliado. No entanto, a gerente ressaltou que, no momento, por conta da inadimplência e falta de retorno dos créditos, parte desta quantia acaba voltando aos cofres públicos. “No ano passado nós aplicamos R$ 5 milhões, e poderíamos ter aplicado até mais, mas o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) está com uma trava devido à inadimplência”, revelou.
Segundo Wânia, a inadimplência no Estado está muito elevada e isso atrapalha tanto para os clientes antigos quanto os novos, que querem solicitar o seu crédito junto ao Banco. “As pessoas podem comparecer à agência, nós temos circulares para renegociação e regularização do crédito. Nós precisamos aplicar mais, mas precisamos também ter de volta aquele crédito que foi repassado”, disse.
Outro problema revelado pela gerente é quanto à documentação necessária, onde muitos agricultores tinham dificuldade em reunir todo o material, em especial quanto à titularidade da terra. “Como é recurso federal, não tínhamos como liberar se não tivéssemos como comprovar se aquela terra era realmente do cliente, mas vejo que essa situação está mudando, os documentos estão saindo e vejo que os agricultores estão muito animados, estamos conseguindo proporcionar esse momento para eles através desse benefício”, declarou.
COMO ACESSAR O CRÉDITO – Para solicitar o recurso, a gerente adiantou que o cliente deve estar habilitado no Banco da Amazônia através de um cadastro, com documentações específicas para cada modalidade, dependendo da sua complexidade.
“No caso, em alguns processos, ele pode conceder esse crédito junto ao banco sem a necessidade de apresentar um projeto, como é o caso de custeio de equipamentos, máquinas, compra de sementes e outros”, disse. “Em outros casos, os projetos são de extrema importância, como é o caso de investimentos nas áreas, escavação de tanque, tudo que for fixo na propriedade”, acrescentou Wânia.
A gerente também afirmou que os projetos devem ser elaborados por profissionais habilitados pelo Banco e que os produtores rurais podem recorrer a alguma das unidades da Casa do Produtor Rural para solicitar, junto ao técnico responsável, a elaboração do seu projeto.
Por fim, a gerente também ressaltou que outras informações sobre o recurso podem ser solicitadas junto aos técnicos do Banco da Amazônia, na Agência Boa Vista, localizada na Praça do Centro Cívico, próximo aos Correios, com funcionamento durante horário comercial, das 09h às 14h ou por meio da página da empresa, no endereço: www.bancodaamazonia.com.br. (P.C)