Cotidiano

Roraima não atinge meta de vacinação

Houve falta de interesse da população e doses ainda podem ser encontradas nos postos de saúde

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Iniciada em abril, a campanha de vacinação contra o vírus H1N1, se encerra hoje, dia 22. Após duas prorrogações da campanha na tentativa de atingir a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, os números finais ficaram abaixo do esperado. Roraima vacinou apenas 60,62% das pessoas que estão em grupos prioritários.

De acordo com os números disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), os municípios que tiveram os melhores resultados foram Bonfim, com 81,12%; Uiramutã, 77,38% e Caroebe, de 76,70%. Os piores números foram em Mucajaí, 34,14%; Caracaraí com 43,05% e Rorainópolis, 47,35%. 

Segundo o gerente do Núcleo Estadual do Programa Nacional de Imunizações, Rodrigo Denin, ainda não foi possível identificar os problemas para justificar a baixa adesão das vacinas. Ele acredita que alguns fatores podem ter influenciado. Um deles, a falta de interesse da população em se imunizar contra as doenças. 

“A gente acha que a população não está preocupada com a questão das doenças. Ainda não vimos em Roraima o vírus H1N1 circular. Pouca gente sabe, mas o Amazonas tem cinco casos de H1N1 confirmados. Por sermos vizinhos, geralmente o que circula lá, com o tempo circula aqui também”, afirmou.

Normandia e Pacaraima foram outros municípios que ultrapassaram os 75% das pessoas vacinadas. Já São João da Baliza, Cantá, São Luiz, Iracema tiveram resultados superiores a 50% e Alto Alegre ficou abaixo desse percentual. Em Boa Vista, foram 56,82% de pessoas protegidas contra a gripe. 

Dentre os grupos prioritários que contam para a meta estão: crianças, trabalhadores em saúde, gestantes, puérperas, indígenas, idosos e professores. As gestantes representaram o menor percentual do público-alvo, seguidas das crianças e trabalhadores em saúde. 

Equipes de saúde que trabalharam na campanha afirmaram que a maior dificuldade encontrada foi por conta do boato de que a vacina causaria reações adversas.

Rodrigo Denin lembra que a vacina é fundamental para a prevenção e evitar que doenças se espalhem e transformem-se em epidemia. “Se não se vacina, a gente não fica protegido. Foi o que aconteceu com o sarampo, a população não estava protegida contra a doença e o vírus começou a circular. Os casos de sarampo crescem cada vez mais”, completou.

O gerente ressaltou que foram 166 mil doses disponibilizadas para Roraima durante o período da campanha e após o encerramento, elas não ficarão disponíveis e não há previsão de nova campanha.

“A gente corre o sério risco de amanhã acabar a campanha e também acabar a vacina. Então não tem como prever se a vacina estará disponível. Se não tiver mais vacina e a população não estiver vacinada, quando o vírus chegar, é possível que ela adoeça”, finalizou.

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