Cotidiano

Roraima monitora casos de Raiva em morcegos vampiros

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AYAN ARIEL

Editoria de Cidades

O Programa de Combate da Raiva dos Herbívoros da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr) está monitorando a população de morcegos vampiros nos municípios de Roraima. Esses tipos de morcegos são os que mais têm dado prejuízo para os produtores rurais.

O responsável pelo programa no Estado, Richard William Achee, relatou que os trabalhos realizados se concentram em três espécies de morcego: o Diaemus youngii, conhecido como morcego-vampiro-de-asas-brancas, o Desmodus rotundus, conhecido como morcego-vampiro-comum, e a Diphylla ecaudata, conhecido como morcego-vampiro-de-perna-peluda. Destes, o vampiro-comum é o mais predominante em Roraima, sendo que a existência de outras espécies é em menor quantidade.

Achee explica que é retirado um morcego de cada localidade para enviar o animal ao laboratório, a fim de realizar o diagnóstico positivo ou negativo da Raiva.

“Fizemos esse levantamento no estado todo e coletamos mais de 80 amostras e até agora e nenhum diagnóstico deu positivo para o vírus da raiva, só que isso não quer dizer que não temos a Raiva na natureza, porque o vírus pode estar na natureza, porque o vírus pode existir na selva e a alimentação principal do morcego são animais silvestres”, disse Achee.

“Focalizamos principalmente no morcego hematófago, que é o que mais dá prejuízo ao produtor, e outros tipos de morcego não são do interesse do programa. Quando capturamos esses morcegos, fazemos esse controle, que é feito ao colocarmos a parte vampiricida no dorso do animal, e liberamos novamente. O animal volta a sua colônia de origem e lá dentro, contamina o restante do grupo”, explicou o chefe do setor.

Achee ressalta que esse controle habitacional é benéfico ao produtor rural, principalmente para o bezerro recém-nascido. “A pele do animal é bem macia e quando o morcego ataca, a colônia toda vem e dentro de alguns dias o bezerro morre, mas não por raiva, e sim por anemia”, acrescentou.

O trabalho desse núcleo é realizado conforme solicitação dos produtores, sendo enviada uma equipe para realizar o controle de morcegos hematófagos na região onde foi feito o pedido.

“Como faz parte de um serviço público, nós temos amparo legal do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para realizar essas capturas, porque se não tivermos esse amparo legal, não fazemos esse trabalho. É importante dizer que qualquer pessoa que não tenha ligação com o serviço público não pode fazer essa captura, e se o fizer, será multada”, finalizou Achee.

Aderr registrou caso em 2016, de raiva transmitida por morcego

Em 2016, um morcego foi o vetor da doença transmitida por um filhote de gato que vitimou em um adolescente de 14 anos em Boa Vista, no bairro Asa Branca, zona Oeste. A informação foi noticiada pela Folha e confirmada pelo diretor-presidente da Aderr, na época, Vicente Barreto. O caso foi o primeiro e único registrado em 40 anos no Estado. A raiva possui cinco variantes, sendo que em apenas duas a doença atinge animais domésticos e da pecuária. Após o trabalho de captura dos morcegos, amostras dos animais são enviadas para laboratórios. 

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