Foto: divulgação
Foto: divulgação

Roraima se soma, neste domingo (7), à mobilização nacional convocada pelo Levante Feminista em resposta ao aumento dos casos de violência doméstica e feminicídio no país. O Ato Pela Vida das Mulheres começa às 16h30, em frente à Assembleia Legislativa, e reúne organizações locais, coletivos e defensoras de direitos humanos que cobram políticas públicas mais eficazes para proteção das mulheres.

O estado figura entre os que registram crescimento constante nos índices de violência de gênero, o que, segundo os movimentos, torna urgente a pressão por medidas estruturantes e pela ampliação da rede de atendimento. A mobilização ocorre simultaneamente em 36 cidades do Brasil, distribuídas em 14 estados e no Distrito Federal e tem o objetivo de transformar o debate em ação concreta.

Coordenadora do ato em Roraima, Regy Carvalho afirma que a manifestação integra um chamado nacional para dar visibilidade à crise que afeta mulheres. Para ela, o cenário exige reação imediata da sociedade e das instituições.

“Convocamos toda a população para se manifestar, para combater essa onda de violência crescente que vem acontecendo contra nós, mulheres, tanto aqui no município, no estado e em todo o Brasil”, afirmou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE



Feminicídio não é caso isolado

O movimento reforça que o feminicídio não deve ser tratado como episódio isolado, mas como consequência de um ambiente de negligência. “Cada vida interrompida é um alerta. Nós vamos gritar porque não aceitamos mais omissão e impunidade diante de tanta violência”, afirma Regy.

Coordenadora do ato em Roraima, Regy Carvalho. Foto: arquivo pessoal

Ela questiona a repetição dos casos que seguem fazendo vítimas todos os anos. “Quanto mais de nós precisamos morrer ainda para que a população se sensibilize? Nós queremos viver, não queremos morrer.”

Além da convocação, o ato prevê falas públicas, leitura de notas de repúdio e manifestação de mulheres que atuam na linha de frente da defesa de direitos. A intenção é que o protesto reúna mulheres de diferentes realidades – indígenas, urbanas, negras, periféricas, mães trabalhadoras, estudantes e ativistas – e também homens e famílias que desejem apoiar a pauta.

“Cada corpo presente é um grito, e cada mulher na rua é um ato de sobrevivência”, resume Regy.

Serviço

  • O quê: Ato Pela Vida das Mulheres
  • Quando: Domingo, 7 de dezembro, às 16h30
  • Onde: Em frente à Assembleia Legislativa de Roraima.