Após uma passeata realizada por acadêmicos da Universidade Estadual de Roraima (UERR) do polo de Pacaraima, município na fronteira com a Venezuela, que solicitava a permanência do campus e da abertura de novos cursos, o reitor da instituição, Regys Freitas, informou que não houve redução dos cursos, como relatado pelos acadêmicos durante o movimento.
Em entrevista à Folha, Freitas informou que os cursos existentes permanecerão até o devido término e os municípios poderão receber novos cursos a partir do ano que vem, com uma proposta de atendimento à vocação socioeconômica da localidade. Como exemplo, citou o campus de Rorainópolis, no Sul do Estado, que recebeu o reforço de mais um curso com a orientação de interdisciplinaridade que fomentará a pesquisa no município. “Inevitavelmente a crise financeira do País, com grandes reflexos locais, exige a postura de redimensionamento com a finalidade de manutenção da qualidade do serviço prestado”, ressaltou.
Segundo o reitor, em vez da redução de cursos, o que houve foi a reorganização das lotações funcionais dos professores para que estejam reunidos no local de fixação dos respectivos cursos e, dessa maneira, desenvolvam, em conjunto com os demais professores do curso, atividades de pesquisa e extensão somadas às atividades de ensino.
Para Freitas, a gestão da UERR vem adotando medidas administrativas e pedagógicas para melhor conduzir a prestação do serviço nos municípios em que a entidade se faz presente. “O objetivo é aumentar a qualidade da educação superior e diminuir os índices de insucesso na graduação”, disse.
Fora da capital Boa Vista, a UERR possui campus em Alto Alegre e Pacaraima, ao Norte do Estado, e em Caracaraí, São João da Baliza e Rorainópolis, ao Sul, além de contar com sete salas descentralizadas.
PACARAIMA – No final de semana, acadêmicos da UERR do polo de Pacaraima realizaram uma passeata a fim de que o campus permanecesse no município e novas turmas fossem abertas, conforme noticiado pela FolhaWeb. Com faixas e cartazes, os estudantes solicitaram a permanência da entidade, que trouxe perspectivas aos alunos.
A respeito do fato, o reitor acredita que houve um mal-entendido em relação às informações prestadas aos acadêmicos e salientou que, diferente do que se vem divulgado, não se está realizando um processo de fechamento dos campi do interior do Estado, mas sim um processo de reestruturação do modelo multicampi adotado pela UERR. “O intuito é fortalecer a educação superior no interior para a contribuição com o desenvolvimento socioeconômico de Roraima”, disse. (A.G.G)