Cotidiano

Reeducandos realizam limpeza no Parque Aquático do Caranã

Parque aquático do bairro Caçari foi o primeiro contemplado com a ação de revitalização

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A limpeza e os serviços de recuperação chegaram esta semana ao parque aquático do bairro Caranã, zona Oeste da cidade.

Os serviços são realizados por reeducandos do regime semiaberto da Cadeia Pública de Boa Vista depois que a Seed (Secretaria Estadual de Educação e Desporto) assinou um Termo de Cooperação com a Sejuc (Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania), chamado de Projeto Hebreus 13.3.

O trabalho, que começou no final de março pelo parque aquático do bairro Caçari, zona Norte, será dividido em duas etapas. Na primeira fase será feito limpeza externa como capina, poda e recolhimento de lixo.

A segunda parte consiste nos serviços de pintura e recuperação da parte hidráulica e elétrica. “Os trabalhos mais complexos serão sempre coordenados pelos nossos parceiros como Caer [Companhia de Águas e Esgotos] e o Corpo de Bombeiros”, disse o secretário de Educação e Desporto, Jules Rimet Soares.

Na limpeza do parque aquático Caçari, os reeducandos recolheram cinco contêineres de lixo, mato, galhadas e garrafas. A previsão é que na próxima semana comece a etapa da pintura.

À medida que os serviços forem concluídos, os locais serão reabertos para a comunidade.

Nessa primeira etapa, o investimento pela Seed custou um pouco mais de R$ 1 mil, com a compra de alguns utensílios e materiais de EPI (Equipamento de Proteção Individual).

“Além de recuperar os parques com o mínimo de recurso, estamos também proporcionando ressocialização para os reeducandos e garantindo e eles um dia de pena a menos a cada três de trabalho”, ressaltou Rimet.

REEDUCANDO – Os 10 reeducandos são quase todos do regime semiaberto, que passaram por triagem onde foram averiguados os antecedentes. A triagem consistiu em selecionar detentos com conduta boa na certidão carcerária. “Foram escolhidos os detentos voluntários e com bom comportamento prisional”, afirmou o diretor da Cadeia Pública de Boa Vista, André Fraga.

Entre os 10 selecionados, há reeducando serralheiro, eletricista, jardineiro e pedreiro.

“Pretendemos aumentar a quantidade de reeducando quando houver demanda maior, podendo variar de 15 a 20 reeducandos”, explicou Fraga.

Os serviços são realizados duas vezes por semana no período matutino e vespertino, com pausa de duas para almoço. Durante o trabalho, eles são escoltados por policiais.

“O número de agentes empregados na missão atende com segurança ao objetivo”, frisou Fraga.

Carlindo Alves, 42 anos, disse que gostou da ideia do projeto Hebreus.

“É uma forma nos integrar de novo na sociedade. A gente passa a ter mais contato com o que está acontecendo aqui fora”, comentou. Para o reeducando Moisés Barroso, o projeto oferece vantagens para eles e a sociedade. “Nós temos antecipação progressiva da pena e podemos sair mais cedo do regime. Já a sociedade terá os parques limpos e em condições de uso”, frisou.

PROJETO – O projeto Hebreus 13.3 faz referência à passagem bíblica do Novo Testamento que diz: “Lembrai-vos dos presos como se estivésseis presos com eles”.

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