O valor do terceiro lote de restituição do Imposto de Renda 2017 está sendo depositado na conta corrente de mais de dois milhões de contribuintes em todo o País hoje, 15. Em Roraima, 5.094 contribuintes possuem direito ao crédito. A restituição é multiexercício, estando disponível também para contribuintes dentre os anos de 2008 a 2016, que caíram na malha fina e serão liberados pela Receita Federal.
Ao todo, serão injetados na economia roraimense R$ 7.436.872,90. De acordo com o professor de Contabilidade e pesquisador acadêmico, Dorcilio Erick, essa aplicação de dinheiro da Receita Federal é importante devido ao impacto exponencial que pode se apresentar no Estado.
“Quando gastamos dinheiro com algo, estamos fazendo a economia girar. O dinheiro que um vendedor recebe é o mesmo que pode beneficiar, por exemplo, um padeiro, se o vendedor resolver usá-lo para comprar pão. É um processo comum, mas quando estamos falando de mais de 7 milhões de reais, que serão injetados para contribuintes no Estado, pode vir a ter um grande impacto na economia”, afirmou.
Para saber a sua situação mediante a receita, é possível acessar o Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal, onde também é possível saber se há inconsistências de dados. Na hipótese de haver, o contribuinte pode fazer a regulação e apresentá-la mediante entrega de declaração retificadora.
A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não realizar o resgate nesse prazo, deverá prestar uma requisição através de um pedido de pagamento de restituição, que pode ser feito no site da Receita Federal.
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Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contactar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento no telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.
RECEBI O LOTE. E AGORA? – De acordo com o professor Dorcilio Erick, a prioridade de quem recebe esse dinheiro, em tempos de crise, deve ser tentar equilibrar o orçamento básico. Segundo o professor, o orçamento básico consiste no pagamento de despesas básicas (energia, gás, moradia), despesas correntes (serviços, comida, lazer), pagamento de dívidas (cartão de crédito ou despesas de produtos parcelados) e a garantia de se poupar pelo menos 10% do dinheiro arrecadado no mês.
Para quem gostaria de investir o dinheiro, o professor diz que o uso de conta poupança não é aconselhável. “A poupança não dará uma remuneração que tenha real lucratividade expressiva. O dinheiro aumenta ao se depositar na poupança conforme o ritmo de inflação anual da economia, dando uma margem de lucro de apenas 1,5%”, explicou.
Segundo Erick, a forma de investimento mais aconselhável, atualmente, é através de títulos públicos. “A vantagem de investir em títulos públicos é que o Governo Federal oferece um retorno baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que está sempre crescendo. Isso significa que mesmo após o vencimento de um título comprado, o investidor ainda recupera o dinheiro com mais a taxa de reajuste”, disse. (P.B)
