Em um ano e oito meses, desde o início do processo de intervenção federal, em novembro de 2012, a Cerr (Companhia Energética de Roraima) ainda está sendo preparada para dar seguimento ao processo de repasse da companhia para a Eletrobras, e para isso foi necessário fazer alguns ajustes. Entre eles, ainda está a assinatura de contrato de concessão junto à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Segundo o diretor presidente da Cerr, Luiz Henrique Hamann, a companhia não existe legalmente, pois ainda não tem um contrato de concessão assinado com a Aneel. “Isso é uma das condições básicas que estamos agilizando para regularizar a empresa e estamos lutando para fazer isso nos segmentos legal, técnico e operacional. Já são alguns passos, mas temos muitos a dar”, frisou.
Ele informou que para que a Eletrobras possa assumir de vez a Cerr, é necessário que a empresa melhore os resultados de distribuição e arrecadação. “Esse processo será dado com a fusão dos ativos de distribuição da Cerr com a Boa Vista Energia, num futuro não muito distante”, frisou sem precisar, no entanto, quanto tempo.
Entre as ações já desenvolvidas, Hamann citou a melhoria no atendimento nas mais de 100 pequenas comunidades e nas sedes dos 14 municípios do Interior do Estado, a racionalização da utilização de geração térmica, interligação de pequenos sistemas no interior, renovação da frota para atendimento, treinamento e capacitação de pessoal, e destacou a diminuição das interrupções de fornecimento de energia.
“A Cerr está evoluindo e diminuindo nosso tempo médio de atendimento e isso pode ser notado pelo baixo número de reclamações que temos registrado do consumidor”, disse.
A meta agora é investir em melhorias para que a empresa perca menos com arrecadação. “Se possível, que a Cerr não perca nada do que produz e assim a Eletrobras poder assumir a empresa. Mas não na condição de que ela ainda está hoje, para que seja uma empresa compatível e que não apresente prejuízo”, destacou.
Segundo ele, um grande passo neste sentido está sendo o investimento de R$ 100 milhões do Governo do Estado, nas linhas de transmissão dos Municípios de Bonfim, Normandia e região Sul, em Jundiá, no trecho da BR 210 até o Jatapú. Para 2015, estão previstos mais R$ 30 milhões. “Estamos trabalhando de modo a deixar o Estado com a malha elétrica mais resistente e oferecer energia de qualidade para os usuários”, frisou.
JATAPÚ – Ele destacou as obras que estão sendo feitas na hidrelétrica de Jatapú, em Entre Rios, Município de Caroebe, no sul do Estado que, quando concluída, darão suporte a toda a região. “O sistema já contribui e está modernizado em parte e estamos concluindo algumas obras para que definitivamente a Cerr diminua a sua dependência de geração térmica”, disse. (RR)
Cotidiano
Quase dois anos depois, processo de intervenção não está concluso
A companhia ainda não existe legalmente, pois ainda não tem um contrato de concessão assinado com a Aneel
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