Cotidiano

Quase 400 pessoas foram diagnosticadas com câncer em Roraima

O levantamento feito pelo Laper levou em consideração os diagnósticos obtidos nos últimos dois anos

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Em Roraima, 693 pessoas foram diagnosticadas com câncer nos anos últimos dois anos, é o que aponta um levantamento do Laboratório de Anatomia Patológica do Estado (Laper) divulgado nesta quarta-feira, 01º. Deste total, 303 casos foram registrados em 2015 e 390 em 2016. Os números são superiores aos registrados em 2014, quando houve 260 diagnósticos da doença.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), os tipos de câncer que mais afetam os roraimenses são os de pele, colo do útero, mama e próstata. Mais de 800 pessoas morreram nos últimos três anos, sendo deste total 271 registros em 2016; 279 em 2015 e 279 em 2014, conforme dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).

No Estado, o diagnóstico é feito pelo o Laper, que é o único laboratório a oferecer serviço médico especializado para a realização de diagnósticos de várias doenças, inclusive do câncer.

Segundo Gecel Ferreira, responsável técnico pelo laboratório, o aumento no número de casos diagnosticados também pode estar relacionado ao crescimento da população, oferta de tratamento e assistência médica oferecida pelo Estado. “O Governo do Estado tem investido tanto na rede de assistência como no diagnóstico. Para se ter uma ideia, nos últimos anos não houve falta de reagentes e o laboratório não parou de funcionar um dia sequer”, explicou.

Já o tratamento contra a doença é realizado pela Unidade de Alta Complexidade em Oncologia em Roraima (Unacon), único centro credenciado pelo Ministério da Saúde (MS) para o tratamento de pessoas com câncer no Estado.

A unidade oferece tratamento de forma acessível para a população, além de realizar pesquisas na área de oncologia, o que contribui para o desenvolvimento de novas tecnologias em benefício dos pacientes com câncer. Todo o acompanhamento e tratamento ocorrem no Estado, com exceção das sessões de radioterapia, que, quando necessárias, são concedidas por processo de Tratamento Fora de Domicílio (TFD).

A unidade fechou 2016 com novo recorde de atendimentos ambulatoriais, com 21,8 mil atendimentos. A meta é dobrar o número de atendimentos na unidade neste ano, quando passará a ocupar todo o bloco A do HGR, que será reformado para receber a Unidade, que também será totalmente aparelhada.

Conforme o coordenador da Unacon, Anderson Benetta, com a ampliação, a quantidade de leitos vai crescer de 17 para 38, distribuídos em quinze enfermarias com capacidade para 2 e 3 lugares. “Os usuários terão um espaço mais confortável e com melhores condições para serem tratados”, completou.

O trabalho na Unidade conta com a ajuda de um grupo de apoio que auxilia as mulheres que têm câncer a passar pelo tratamento. Elas desenvolvem atividades artísticas e culturais, com intuito de favorecer a autoestima das pacientes. “Também temos um Grupo de Apoio Psicossocial para familiares de pacientes com câncer. Quando uma pessoa tem essa doença, toda família está envolvida e precisamos acompanhá-los nessa difícil jornada”, informou Benetta.

A unidade tem tentado, reiteradas vezes, implantar um grupo de apoio destinado aos homens, no entanto, o público masculino apresenta muita resistência à ideia. “O homem geralmente deixa para ir ao médico quando a situação está grave. Mas, às vezes, já não podemos ajudá-lo com o tratamento oferecido na Unidade. Por isso a importância de eles procurarem com antecedência”, enfatizou.

Com informações do Governo do Estado.

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