Roraima se destaca no cenário habitacional brasileiro: cerca de 24,92% da população do estado vive em imóveis alugados, o que equivale a praticamente um a cada quatro moradores. O dado, revelado pelo Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coloca o estado no topo da região Norte e na sexta posição no ranking nacional em proporção de domicílios alugados.
Comparativo nacional e regional
No Brasil como um todo, 20,9% da população vivia em imóveis alugados em 2022. Na região Norte, a média foi de 14,9%, o que reforça a posição de destaque de Roraima.
Em 2010, apenas 12,7% dos moradores do estado viviam em casas alugadas. O salto de mais de 10 pontos percentuais em 12 anos evidencia a mudança no perfil habitacional da população local.
Como vivem os moradores de Roraima
O levantamento do IBGE mostra a composição dos tipos de moradia no estado:
- Domicílios próprios: 65,08%
- Imóveis cedidos ou emprestados: 7,89% (acima da média nacional, de 6,12%)
- Outras condições (como ocupação sem título): 2,11%
Tendência nacional
Os dados de Roraima acompanham uma tendência observada em todo o país. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada em 2024, o número de famílias brasileiras que vivem de aluguel aumentou 25% nos últimos oito anos.
Em 2016, o Brasil tinha 18,4% dos lares alugados; em 2024, a proporção chegou a 23%, equivalente a 7,8 milhões de residências. No mesmo período, a participação de casas próprias já quitadas caiu de 66,8% para 61,6%.
Em números absolutos, 46,5 milhões de brasileiros moravam de aluguel em 2024, contra 35 milhões em 2016.
Mudanças no tipo de moradia
O levantamento ainda identificou mudanças no perfil dos imóveis: os apartamentos cresceram de 13,7% para 15,3% do total das residências entre 2016 e 2024, enquanto as casas, embora majoritárias, recuaram de 86,1% para 84,5%.
Roraima em destaque
O avanço da moradia em aluguel em Roraima indica não apenas uma transformação no mercado imobiliário local, mas também pressiona políticas públicas voltadas para habitação popular e acesso à casa própria. Especialistas apontam que fatores como migração, valorização urbana e crescimento populacional acelerado estão entre os principais motivos para a expansão desse tipo de ocupação no estado.