Cotidiano

Projeto atende homens envolvidos com violência doméstica e familiar

Grupo atendeu desde julho, como forma de tratamento, 40 homens que se apresentaram espontaneamente ou foram encaminhados pela Justiça

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O Grupo Reflexivo Reconstruir, do Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame), entidade ligada à Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), foi implantado em julho do ano passado para atuar como uma forma de tratamento junto aos homens envolvidos com violência doméstica e familiar no Estado. Este ano, cerca de 40 homens já foram atendidos.

A coordenadora do Reconstruir, Monique Dias, considera o número de atendimentos alto em razão dos problemas de preconceito dos próprios homens. Ao saber que o projeto atende a homens agressores, ela disse que há uma rejeição relevante por parte do público. Além disso, muitos ficam assustados ao serem chamados ou tratados como agressores. Dessa forma, a equipe se refere aos participantes como assistidos.

Os assistidos pelo Reconstruir chegam ao grupo por meio de convites após a denúncia feita junto ao Chame, de forma espontânea, ou são encaminhados pelo Tribunal de Justiça do Estado de Roraima (TJRR) a partir da determinação do juiz da Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas à Pena Privativa de Liberdade (Vepema). A maioria dos participantes chegou de forma espontânea.

De acordo com a coordenadora, como as reuniões funcionam por ciclos, a presença dos que foram convidados não é obrigatória. Há ciclos que chegam a ter cinco homens presentes. “É aberto ao público, aos homens que nunca tiveram nenhuma atitude agressiva junto à parceira ou dentro de casa, aos que se sentem impulsivos e os que apenas querem acompanhar um amigo. Basta ser homem para participar”, disse.

Monique destacou que uma parcela dos homens que participam acha a situação de violência normal por conta de outros casos na família. Diante da situação, ela informou que as equipes vão mostrando outras opções e oportunidades nas reuniões, que são conduzidas no sentido de sensibilizar os homens de que a violência doméstica é devastadora para toda a família e mostrar que há outras soluções para um conflito.

Segundo a coordenadora, as reuniões abordam temas como família, álcool e drogas, estresse e agressividade, machismo, Lei Maria da Penha e outros temas relevantes para as situações de agressão. Dentro do contexto, ela apontou que a equipe multidisciplinar formada por psicólogos, assistentes sociais e advogados conduzem a reunião como conversa, a fim de que todos possam participar dando opiniões ou fazendo intervenções.

REUNIÕES – As reuniões do Reconstruir acontecem às quintas-feiras, das 9h às 11h, com exceção dos feriados, em um prédio anexo ao Chame, na Avenida Ville Roy, no Centro. Monique ressaltou que as reuniões vão acontecer no anexo até o novo prédio receber os equipamentos necessários. (A.G.G)

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