Cotidiano

Proibidos de abater aves, feirantes acumulam prejuízos acima de 80% nas vendas

A interdição de abatedouros na área urbana de Boa Vista refletiu o cenário negativo no setor, que começa a demitir funcionários

Proibidos de abater aves, feirantes acumulam prejuízos acima de 80% nas vendas Proibidos de abater aves, feirantes acumulam prejuízos acima de 80% nas vendas Proibidos de abater aves, feirantes acumulam prejuízos acima de 80% nas vendas Proibidos de abater aves, feirantes acumulam prejuízos acima de 80% nas vendas

A interdição de abatedouros artesanais por órgãos de fiscalização na área urbana já reflete um cenário negativo aos criadores e comerciantes que atuam com abate de frangos em feiras livres da Capital. Para alguns, o prejuízo acumulado nas vendas de aves ultrapassam a casa de 80%.

Na Feira do Produtor, localizada no bairro Mecejana, zona Oeste de Boa Vista, criadores que antes vendiam pouco mais de 300 aves por semana, hoje vendem apenas 50. “Por conta da proibição estamos tendo que vender galinhas sem o abate, mas como o cliente já é acostumado a comprar ela abatida acaba deixando de comprar com a gente”, disse a empreendedora do segmento, Ozana Perdiz.

Após a proibição, representantes da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), do Ministério Público (MPRR) e da Assembleia Legislativa (ALERR) chegaram a convocar reunião com os produtores para tentar chegar a um consenso sobre os abates artesanais, mas nada foi resolvido.

Com as gaiolas lotadas de aves e sem conseguir vender o produto, ela contou que foi obrigada a demitir funcionários. “Isso também vem causando desemprego. Tivemos que demitir três funcionários porque não temos como pagar os salários. Tivemos reunião com os órgãos, mas ainda não chegamos numa conclusão sobre o assunto”, lamentou.

OUTRO LADO- Em entrevista à Folha, o diretor de Defesa Animal da Aderr, Haroldo Trajano, explicou que as aves precisam ser destinadas a abatedouros inspecionados. “Hoje temos dois abatedores registrados e aptos a recepcionar qualquer ave. Todo animal vivo para ir ao consumo precisa passar por processo de inspeção”, disse.

Ele frisou que não há chance alguma de se permitir o abate de aves em feiras livres. “Estaríamos prevaricando com relação a essa parte e não faz sentido continuar com esse serviço que ponha em risco a saúde pública, porque as aves não passam por um procedimento adequado”, afirmou.

 

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