Cotidiano

Professores municipais querem explicação sobre R$ 160 mi do Fundeb

Durante a manifestação, os profissionais utilizam faixas com frases "cadê o dinheiro que estava aqui"

Cerca de 100 professores do ensino básico da rede municipal de ensino fazem manifestação em frente à Prefeitura de Boa Vista, para reivindicarem o rateio do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).

O protesto ocorre na manhã desta terça-feira, (3). Os professores esperavam serem recebidos pela prefeita de Boa Vista, Teresa Surita, o que não ocorreu. Durante a manifestação, os profissionais utilizam faixas com frases “cadê o dinheiro que estava aqui”. 

Celidalva Pedrosa: “A melhor maneira de ser aplicado esse fundo é investindo na educação do município” (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Segundo a professora Celidalva Pedrosa, a manifestação é para reivindicar o rateio do Fundeb e ter uma explicação de como foi aplicado recursos na ordem de R$ 160 milhões, repassados pelo Governo Federal à Prefeitura de Boa Vista.

“Esse ano veio um total de 160 milhões de reais, e até agora não temos nenhuma explicação de como esse dinheiro foi aplicado pelo município. Estamos aqui reivindicando um possível rateio, porque foi um ano atípico de pandemia e nós acreditamos que essa verba não foi empregada como nos anos anteriores”, afirmou a Celidalva.

Para a professora, a melhor maneira de ser aplicado esse fundo é investindo na educação do município. “Pode ser utilizado para a compra de materiais para os alunos, formação de professores, com pagamento dos profissionais, entre outras questões”, ressaltou.

Celidalva explicou que esses recursos que chegam ao município têm que ser aplicados. “Se ele não for aplicado todo, como esse ano foi de pandemia e não teve aula, nós acreditamos que haverá sobra desse dinheiro e tem que ser dividido”, finalizou.

PREFEITURA – Na manhã desta terça-feira, 3, a prefeita Teresa Surita não atendeu os manifestantes mas participou de uma reunião com professores. Questionada sobre o rateio do Fundeb, a prefeita explicou que o abono remanescente, analisado em dezembro, é condicionado a existência de recurso residual do percentual de 60% reservadas as despesas que são direcionadas exclusivamente à remuneração dos profissionais na educação básica. E afirmou que se houver condições de pagar o abono, os professores receberão o rateio.