A cobrança por melhorias na educação no município de São João da Baliza continua. Os professores da rede municipal fizeram greve por mais de 90 dias, firmaram acordo com a Prefeitura, na presença do Ministério Público Estadual, mas nada disso resolveu os problemas relacionados à de estrutura física, salarial e didáticos.
De acordo com o presidente da Associação dos Trabalhadores em Educação do Baliza, Sebastião Ferreira, o ano letivo dos estudantes da rede municipal pode mais uma vez ser prejudicado este ano. Segundo ele, o ano letivo de 2015 só foi concluído no início deste ano por conta da greve.
As cobranças dos professores começam com a exigência para que a Prefeitura forneça material didático para as escolas, além de cobrar melhorias do transporte escolar e na estrutura física que não possui desde a água potável, bebedouros, falta merenda escolar, salas climatizadas e carteiras.
Outro ponto que é cobrado pelos professores trata-se da aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da categoria que ainda não existe no município. Por fim, eles cobram o pagamento de progressões horizontais e verticais que nunca foram pagas.
Para resolver parte dessas questões, o presidente da Associação informou que no início do mês a Prefeitura – na presença da Promotoria do MP de São Luís do Anauá – firmou um acordo para fazer alguns reparos paliativos nas escolas como providenciar água potável, bebedouros e iluminação.
“No entanto, reparos mínimos foram feitos até agora e os pais decidiram que vão continuar o protesto, pois não aceitam voltar às aulas da forma que está”, disse o professor, ressaltando que a categoria havia decido pelo retorno às aulas, mas a partir do posicionamento dos pais de alunos, eles decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado.
Ele informou ainda que as escolas localizadas nas vicinais 28, 28 e 31 são as que estão em pior situação e que lá é impossível ter o retorno das aulas. Segundo Ferreira, o município de Baliza possui oito escolas para atender cerca de 1.300 alunos. O quadro de professores é formado por 85 efetivos e 22 seletivados.
OUTRO LADO
A reportagem da Folha tentou falar com o prefeito, José Divino, e o secretário de Educação, Fernando Vilela, pelos telefones celulares dos dois, mas nenhum deles estava ligado.