Os professores da rede de ensino do Estado se reuniram na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter), na tarde desta terça-feira (4), para votar a deflagração de uma greve.

Com ampla maioria de votos, a categoria decidiu parar as atividades a partir da próxima segunda (10), por tempo indeterminado.

A categoria alega o descumprimento do acordo feito com o governo na greve do mês de março, que durou onze dias, aliado ao aumento de carga horária e a proposta de revogar a Lei 892/2013, que estabelece do PCCR da categoria.

O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinter), Ornildo Roberto explicou que os profissionais se sentem prejudicados.

“A solução não é revogar, mas eliminar as inconsistências da lei. Temos trabalhadores que terminaram sua graduação, especialização e mestrado e ainda hoje recebe um salário de início de carreira, tendo um grande  prejuízo, porque essa lei não os enquadra”, destacou.

“Eu defendo o início da greve para ontem, até que a categoria seja respeitada” disse uma professora durante a assembleia ao defender a greve geral.

Apesar da maioria dos profissionais da educação terem votado a favor da deflagração da greve, os Técnicos de nível médio e superior votaram contra e afirmaram que não vão aderir à greve, pois tem interesses diferentes da categoria dos professores.

“Nos reunimos com os técnicos na semana passada e decidimos que se fosse aprovada a greve, não iríamos aderir porque já estamos avançados no processo de negociação com o governo sobre os nossos salários e o PCCR, estamos lutando há seis anos e parar as atividades só iria nos prejudicar agora”, disse o técnico Francisco Edízio.

O OUTRO LADO

Após reunião com representantes do Sinter (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima), o Governo de Roraima esclarece que vem cumprindo com os pontos acordados.

Na reunião, foi acordado que o Sinter comporia uma comissão juntamente com representantes do Governo para elaboração de um novo Projeto de Lei.

A comissão deverá apresentar relatório após 90 dias de trabalho e está trabalhando para cumprir o prazo definido.

HORÁRIO

Quanto ao decreto que definiu os horários da Seed, a PGE e representantes dos técnicos em Educação acordaram que os referidos profissionais receberão complementação salarial, a fim de evitar prejuízos à categoria.