Cotidiano

Produtores rurais devem se inscrever na Aderr para exportar frutas

Caso percam o prazo, os produtos só poderão ser comercializados em Roraima

Os produtores rurais interessados em exportar produções de culturas hospedeiras da mosca da carambola (laranja, tangerina, goiaba, tomate e pimenta de cheiro e ardosa), além de limão (fruta não hospedeira) devem ficar atentos para não perder os prazos de inscrição dos seus plantios na Aderr. Caso percam o prazo, só poderão comercializar os produtos em Roraima.

O prazo é de 120 dias antes da colheita para culturas perenes (laranja, tangerina, goiaba, tomate e pimenta de cheiro, e ardosa) 30 dias para cultura anuais (pimentas e tomates) e é uma determinação prevista na Instrução Normativa nº 23 de 24 de agosto de 2016 do Ministério da Agricultura, que orienta os procedimentos fitossanitária de origem e de origem consolidada.

 De acordo com o chefe do Núcleo de Certificação Fitossanitário de Origem (CFO), Marcos Evangelista, os produtores rurais que estão se planejando para a colheita da safra 2021/2022, que colhem entre dezembro e março, devem começar a se preparar a partir de agosto deste ano, para não correr risco de perder o prazo.

O governador Antonio Denarium faz um chamado aos produtores para que procurem a Agência. “Os produtores interessados em exportar suas culturas agrícolas devem procurar o escritório da Aderr em seu município para ter acesso a lista de agrônomos habilitados e assim fazer a inscrição das áreas de plantio. É importante para Roraima e para todos, porque vai gerar mais renda para o Estado.”

O aumento da Emissão da CFO

 A procura pela CFO (Certificação Fitossanitária de Origem) tem sido grande em Roraima, pois o documento garante o acesso da produção de frutas ao mercado amazonense. Os fruticultores de Rorainópolis (sul do Estado), atentos à crescente demanda de frutas pelo Amazonas, aumentaram a procura do documento em 40%, afim de escoar com segurança os seus produtos.

Para exportar a produção é necessário a emissão da CFO, documento que atesta a sanidade das frutas, assegurando que não há ataque de pragas quarentenárias ou da mosca da carambola. De posse do documento, o produtor vai até a Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima) para emitir a PTV (Permissão de Trânsito de Vegetais) e, a partir daí, está com a produção pronta para ser transportada.

Com o aumento da produção de frutas cítricas, como limão tahiti e principalmente uma maior safra de laranja, Roraima se prepara para bater recorde de exportação de frutas para o Estado vizinho, gerando empregos e renda e aquecendo a economia local, apesar da pandemia. Conforme o gerente de Defesa Vegetal da Aderr, Marcos Prill, com o período de chuvas melhor distribuídas entre a safra 2020/2021, a frutificação e a colheita de laranja devem se prolongar este ano.

Segundo o presidente da Aderr, Kelton Oliveira, os RTs (responsáveis técnicos) fazem todo o acompanhamento das propriedades produtoras. “A Aderr continua realizando o acompanhamento dessas propriedades que, juntamente com os responsáveis técnicos dos produtores, realizam todos os registros e monitoramento das Unidades de Produção [UP]”, ressaltou.

Com o trabalho entre os fiscais da Aderr e os RTs, a agência vem cumprindo os prazos de monitoramento previstos na legislação em vigor, assegurando a certeza de produtos livres de pragas, bons para o consumo e para a exportação.

COMO EMITIR A CFO – De acordo com o chefe do Núcleo de Certificação Fitossanitária de Origem, para tirar a CFO, produtores que trabalham com frutas hospedeiras da mosca da carambola (que são atacadas por pragas quarentenárias, como cancro cítrico e ácaro hindustânico), devem procurar o RT habilitado pela Aderr para cumprir as exigências legais. O RT, que é um engenheiro agrônomo, vai vistoriar as lavouras e, não constatando a presença de pragas, emitirá a CFO. Hoje, Roraima conta com 79 UPs e sete Unidades de Consolidação.