Cotidiano

Procissão, missa e arraial marcam o dia do santo padroeiro de Boa Vista

Estimativa dos organizadores é de dois mil católicos na festa religiosa que começa a partir das 17 horas

Procissão, missa e arraial marcam o dia do santo padroeiro de Boa Vista Procissão, missa e arraial marcam o dia do santo padroeiro de Boa Vista Procissão, missa e arraial marcam o dia do santo padroeiro de Boa Vista Procissão, missa e arraial marcam o dia do santo padroeiro de Boa Vista

Para comemorar o dia do padroeiro da cidade de Boa Vista, a comunidade de São Sebastião, que pertence à Paróquia Catedral, vai realizar uma programação especial com procissão, missa e arraial. O evento inicia às 17h, com a procissão saindo da Igreja São Sebastião, localizada na Avenida João Pereira de Melo, no Centro. A missa será celebrada em frente à igreja pelo bispo da Diocese de Roraima, Dom Mário Antônio. A programação encerra com um arraial, no mesmo local.

A procissão seguirá pela Avenida Benjamin Constant até a Rua Barão do Rio Branco. Os fiéis seguirão pela Avenida Getúlio Vargas para então voltar à igreja. Para a celebração da missa, Dom Mário Antônio vai receber o bispo italiano Dom Claudio Cipolla, da cidade de Padova. Também estará presente o padre Lírio Girardi, antigo pároco de Boa Vista, que vai comemorar os 50 anos de ordenação.

O evento será encerrado com o arraial de São Sebastião. A festa terá comidas típicas, brincadeiras para crianças e o tradicional bingo. Para a realização de toda a programação, a Avenida João Pereira de Melo será fechada. A estimativa é de dois mil católicos na festa religiosa. Por também ser considerado o padroeiro dos encarcerados, a missa vai refletir sobre a violência do Estado.

Padre Paulo ressaltou que a igreja se preocupa com todas as formas de violência, tanto nas penitenciárias, como nas ruas. “Quantas famílias têm sofrido com tantas mortes por dia? A sociedade precisa se unir. O bispo vai fazer a reflexão, olhando para o padroeiro Sebastião, para pensarmos como a sociedade pode agir diante de toda violência que vemos nos jornais”, disse.

Além da programação referente ao Dia de São Sebastião, o padre convidou todos os católicos a participarem das missas da igreja aos domingos, às 8h, e às segundas-feiras, às 18h30.

São Sebastião é considerado também o padroeiro dos presos

Sebastião nasceu na França, em 256 d.C. Depois de jovem, começou a servir o exército romano mesmo sendo cristão. Pelos romanos não permitirem o cristianismo, ele ocultou a religião dos comandantes. Destacado no serviço, rapidamente se tornou capitão. Como não prestava culto aos deuses romanos, no intervalo de serviço fazia visita aos encarcerados e doentes que sofriam nas prisões.

Quando o imperador Diocleciano descobriu a verdade, condenou Sebastião a sofrer de forma cruel. Sentindo-se traído, imaginou que as flechadas no corpo pudessem impedir qualquer outro cidadão de desobedecer ou trair. Contudo, mesmo após as flechadas, Sebastião não morreu. Deitado no chão, foi socorrido por Irene. Semanas após a recuperação, decidiu que falaria com o imperador na hora certa.

Chegado o dia, Sebastião invadiu o templo do imperador e gritou: “Eu sou a voz de Deus que clama por justiça, até quando serão julgados e condenados aqui tantos inocentes?”. Julgado morto, o imperador, surpreso, ordenou que Sebastião fosse condenado à morte por chicotadas, em 286 d.C. Por este motivo, São Sebastião é considerado o padroeiro dos encarcerados. (A.G.G)

Guilhermina de Holanda Bessa e a construção da Igreja de São Sebastião

Inaugurada no dia 20 de janeiro de 1924, a igreja de São Sebastião, na Avenida João Pereira de Melo, no Centro, entre a Escola Lobo D’Almada e o Teatro Carlos Gomes, foi construída pela família de Guilhermina de Holanda Bessa. Casada com Aristides Bessa, conhecido como Capitão Bessa, contou com a ajuda de amigos, fazendeiros e voluntários por meio de doações e leilões nas quermesses que eram realizadas todo dia 20 de janeiro.

A construção da igreja foi resultado de uma promessa feita por dona Guilhermina a São Sebastião para que o gado parasse de morrer. Hoje, acredita-se que os animais estavam morrendo em razão da febre aftosa. Com a promessa feita, e sem morte de gado, a igreja foi inaugurada no dia do padroeiro de Boa Vista. Três anos depois, foi incorporada ao patrimônio da Prelazia do Rio Branco.

O casal Guilhermina e Aristides chegou ao então Vale do Rio Branco em 1883. Inicialmente, a família se fixou na região do Amajari, Norte do Estado, onde começaram a trabalhar com comércio e fazenda de gado. Em Boa Vista, a residência do casal era localizada na Rua Coronel Mota, próxima do rio, onde o barco da família aportava quando vinha à Capital. O local ficou conhecido como “Porto do Bessa”.

Depois que o marido morreu, dona Guilhermina e as duas filhas, Francisca Bessa e Cecília Bessa, vieram para Boa Vista definitivamente. Na Capital, Guilhermina participou assiduamente das festas católicas, já com o intuito de construir uma igreja em homenagem ao seu santo de devoção. Mesmo após a morte de dona Guilhermina Bessa, as filhas continuaram a campanha festiva-religiosa para concluir a obra da igreja. (A.G.G)

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