Cotidiano

Primeiro caso de febre amarela em macacos é confirmado no Estado

Primata foi encontrado morto em vicinal da BR-174 no mês passado; Amostras de sangue do animal foram analisadas

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A Prefeitura de Rorainópolis confirmou o primeiro de caso de febre amarela silvestre no Estado. A informação foi dada pelo prefeito Leandro Pereira e pela secretária municipal de Saúde, Cristiane Pereira de Lima, durante entrevista coletiva na tarde de sábado, 4, na sede do município, na região Sul do Estado. O plano emergencial para impedir a proliferação do vírus também foi anunciado.

A presença do vírus foi confirmada em um macaco da espécie bugio-ruivo (alouatta seniculus), encontrado morto no final da vicinal 04 no km 20 da BR 174, no dia 11 do mês passado. Quatro amostras do sangue do animal foram enviadas para o Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), que detectou a doença em todas elas. Mas desde janeiro a Secretaria Municipal de Saúde de Rorainópolis já recebia avisos de populares de que primatas mortos eram frequentes nas vicinais do município, realizando buscas nas áreas informadas.

Em relatório divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde após a coletiva, constam 968 notificações de doenças em macacos. Duzentas e quarenta delas estão sendo investigadas, oito já foram descartadas e 368 têm suspeita de febre amarela silvestre, de acordo com as análises de laboratório. Estes dados foram atualizados na quinta-feira passada, 2.

O prefeito Leandro Pereira afirmou que o município está em alerta e que a população deve se dirigir aos postos de saúde para atualizar seus cartões de vacina, em especial as pessoas que trabalham e moram na zona rural. Os possíveis focos de febre amarela continuarão sendo buscados e bloqueados pela administração municipal e ações de conscientização estão previstas. O combate ao mosquito Aedes aegypti será reforçado pelos profissionais de saúde.

Leandro Pereira pediu o auxílio dos cidadãos para que redobrem o cuidado para evitar os focos de mosquito. “Pediremos apoio ao Governo Federal, pois fazemos fronteira com o Estado do Amazonas e buscaremos parcerias estaduais para que a população não seja atingida com o vírus da febre amarela. Pedimos que todos se mantenham tranquilos, pois o trabalho e combate estão sendo realizados desde agora”, orientou o prefeito.

HISTÓRICO – A última vez que uma pessoa foi diagnosticada com febre amarela no Brasil foi em 1942, no Acre. Mas pequenos surtos nas áreas próximas a florestas acontecem desde 1932. Os Estados mais vulneráveis, chamados de “Indene”, são Roraima, Amapá, Pará, Tocantins, Amazonas, Rondônia, Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Maranhão.

BUGIO-RUIVO – Apelidado de “macaco barbado”, o bugio-ruivo é específico do continente americano. Não costuma viver próximo de rios, já que não consome muita água. Gosta de pastagens e campos cultivados, seus sons são bem altos e se alimenta principalmente de folhas. (N.W)

Quatro carros fumacê reforçam ação contra febre amarela em Rorainópolis

O Governo do Estado vai reforçar as ações preventivas contra a febre amarela no município de Rorainópolis com o trabalho de pulverização de inseticida por meio de carros fumacê, para o combate do Aedes aegypti, que é um dos transmissores da doença. A partir de hoje, 6, os carros farão a pulverização em todo o município.

Antes mesmo da confirmação laboratorial, o Governo do Estado deu todo apoio ao município para as ações de bloqueio, por meio da Coordenação Estadual de Vigilância em Saúde. “Nós fomos até o município, recolhemos o primata para as análises. Além disso, enviamos uma equipe do Núcleo Estadual de Imunizações para auxiliar os municípios a realizar as ações de vacinação no entorno da área onde foi encontrado o primata”, disse a coordenadora-geral de Vigilância em Saúde, Daniela Souza.

Nos últimos dois anos, Rorainópolis tem sido prioritário para as ações de Vigilância em Saúde. Ela explicou que, com a confirmação da doença em um macaco, as principais ações a serem feitas são reforçar a cobertura vacinal no município, principalmente nas crianças menores de um ano, e o combate ao mosquito Aedes, pois a cidade possui um alto índice de infestação pelo vetor que, se picar um primata infectado, pode transmitir rapidamente o vírus da febre amarela. “Estas ações são específicas dos municípios, mas o Estado está dando total apoio, além de monitorar as ações realizadas”, explicou Daniela.

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