Fevereiro, março e abril apresentam comportamento climatológico das chuvas dentro da normalidade, seguindo o período de estiagem, conforme dados repassados pelo meteorologista da Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), Ramon Alves.
Ramon destacou que a média histórica durante o período seco em Boa Vista é 270,4 milímetros, e até o momento, em 2018, o acumulado de precipitação desse período é 27,4 milímetros. Em 2017, choveu 220,9 milímetros no período seco.
“A previsão sazonal para este trimestre é de chuvas normal a acima da normal climatológica em Roraima. Só lembrando que a normal climatológica são precipitações baixas, pois estamos no período seco que se estende até abril. Em relação aos ventos, estão dentro da normalidade, podendo ocorrer algumas rajadas mais fortes, nos meses seguintes”, informou.
Além dessa previsão de pouca chuva em todo o Estado, os dados da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), informam que hoje o nível do Rio Branco em Boa Vista se encontra em 0,35m e em Caracaraí 0,77m. Comparando com o ano passado, os níveis foram, respectivamente, 1,15m e 1,36m.
“A segunda quinzena do mês de setembro marca o final do período chuvoso no Estado, o que traz como consequência a diminuição dos principais rios da Sub Bacia Rio Branco (Rio Tacutu, Uiramutã e Uraricoera) que já tiveram registros muito abaixo da média nos últimos anos. Tendo em vista que as frequentes chuvas diminuem sempre do mês de setembro em diante”, avaliou.
FOCOS DE CALOR – Ramon salientou que, em relação aos focos de calor, os municípios de Amajari e Rorainópolis estão concentrando mais focos que os demais municípios. Outra preocupação é que nos primeiros cinco dias já foram registrados 94 focos de queimada e, nesse mesmo período em 2017, foram registrados oito focos.
“De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a previsão do risco de fogo para os próximos três dias é de alto a crítico no nordeste de Roraima. Desde o mês de janeiro, os incêndios florestais estão se intensificando em alguns municípios e recomenda-se que o Comitê de Queimadas do Estado de Roraima intensifique o monitoramento nas áreas de risco consideradas vulneráveis à estiagem, queimadas e incêndios florestais”, orientou. (R.G)