Cotidiano

Preço de panetone não passa por reajuste em Roraima

Em outros Estados, produtos como panetone e chocotone sofreram reajustes de até 30% 

Preço de panetone não passa por reajuste em Roraima Preço de panetone não passa por reajuste em Roraima Preço de panetone não passa por reajuste em Roraima Preço de panetone não passa por reajuste em Roraima

ANA GABRIELA GOMES

Editoria de Cidade

A cidade já se prepara para o período natalino. Em pontos de lazer e inúmeras residências da capital, a montagem e decoração da simbólica árvore de Natal está a pleno vapor. Mas não para por aí. No setor comercial, artigos relacionados ao período festivo, como pisca-pisca, já são procurados pelos consumidores. O mesmo acontece com os itens alimentícios, que podem sofrer reajuste ainda este ano.

A notícia veio com o levantamento realizado e divulgado no início desta semana pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, seção Pará (Dieese-PA). Conforme a pesquisa, enquanto alguns itens tiveram reajuste dentro da inflação (3,50%), outros ultrapassaram a marca, apresentando alta de até 30%. Foi o caso do panetone e do chocotone. Em Roraima, no entanto, não houve alteração no preço dos produtos.

Nos supermercados visitados pela reportagem, panetones e chocotones de diversas marcas apresentam um preço similar ao do ano passado. Os produtos de 400g, por exemplo, variam de R$ 17,99 a R$ 22,88, enquanto os de 500g são mantidos na faixa dos R$ 30,00, a depender da marca e local da compra. O gerente Antônio Demétrio contou que manter o preço foi a estratégia escolhida para vender mais.

“Compramos uma quantidade alta desses produtos para poder vender todos sem aumento no valor. Não vejo previsão ou razão para alterar o preço até o momento. As vendas já estão acontecendo e, com a proximidade do final do ano, a tendência é que as pessoas procurem cada vez mais”, disse. No estabelecimento em que atua, as vendas de panetone e chocotone iniciaram ainda em outubro.

O mesmo aconteceu em outros quatro comércios de pontos distintos da cidade. Uma das gerentes que falou com a reportagem, e que preferiu não se identificar, informou que o preço pode vir a ser ajustado caso não haja uma grande procura. “Se as pessoas estão comprando desde agora, não vejo motivo para alterar. Caso o produto chegue mais caro para nós, aí sim podemos realizar o reajuste”, esclareceu.

Panetones e chocotones caseiros são alternativas, sugere economista

Variedade e fomento do comércio local. Estes foram os principais motivos que o economista Fábio Martinez apontou em relação à compra de panetones e chocotones caseiros. Com a previsão de reajuste dos itens mais consumidos durante o final do ano, o economista sugere que o consumidor pesquise, compare preços e tenha como alternativa a produção caseira para tentar economizar.

“Além da variedade de sabor e de ser personalizado, o comércio local ganha fomento. Quando o consumidor compra um panetone no supermercado, por exemplo, parte do dinheiro que você gasta vai pra indústria que produziu o panetone. Comprando de forma caseira, você permite que o dinheiro gire localmente”, explicou. 

Em relação ao reajuste apontado pelo Dieese, o economista aponta dois fatores principais. O primeiro é que parte dos ingredientes que compõem os panetones e chocotones são importados e, com a alta do dólar, o custo se torna maior. Outro fator predominante diz respeito à lei da oferta e demanda. “Panetone é um produto consumido, geralmente, no final do ano. Então pela procura, o preço tende a subir. O mesmo acontece com os ovos de chocolate durante a Páscoa”, concluiu.

Produção caseira de panetone vira negócio entre tio e sobrinha


Rayra Mota e Jadilson Ferreira viraram sócios na venda panetones (Foto: Diane Sampaio/FolhaBV)


Há pouco mais de um ano, Rayra Mota e Jadilson Ferreira eram apenas sobrinha e tio. Atualmente, eles também acumulam a função de sócios, graças à venda de trufas e panetones trufados. A paixão por confeitaria veio da mãe, mas foi quando ingressou no mundo da maternidade ainda jovem que Rayra decidiu unir lazer e trabalho.

“Fiz um curso pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Confeitaria Técnica e aquilo expandiu a minha mente. Comecei vendendo brigadeiros entre amigos e depois passei para outras receitas”, contou. Junto com o tio, Rayra faz as produções apenas sob encomenda. Entre os sabores mais pedidos estão prestígio, chocolate e morango, mas a confeiteira destacou que o cliente pode escolher qualquer sabor.

A depender do tamanho escolhido, os panetones custam R$ 10 ou R$ 37. Na avaliação de Jadilson, o custo benefício do negócio vem sendo satisfatório. “Ambos estávamos desempregados quando decidimos focar nessa produção e o resultado não poderia ser melhor”, confirmou. Para solicitar encomendas ou tirar qualquer dúvida sobre as trufas e o panetone, basta entrar em contato pelos números 99153-6706 ou 99131-9437.

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