Cotidiano

População reclama do abandono do clube do trabalhador

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POLYANA GIRARDI

Colaboradora da Folha

O abandono da obra no antigo prédio onde funcionava o clube do trabalhador, localizado no bairro Jóquei Clube, demonstra a displicência do governo na aplicação do dinheiro público. O espaço, que antes era utilizado como opção de lazer pelo servidor estadual, virou área para a prática de assaltos, consumo de drogas e abrigo para imigrantes.

Após denúncias feitas por moradores próximos ao prédio, a equipe da Folha visitou o local e constatou o total abandono das instalações. O mato tomou conta e não existem portões que impeçam a entrada e circulação na área. A água da piscina está suja e parada, ambiente favorável para a proliferação de doenças. No local, residem famílias de imigrantes venezuelanos com crianças, que sobrevivem da venda do ferro e da fiação elétrica encontrada.

Segundo Francis Prado, funcionária pública municipal e moradora do bairro Jóquei Clube, o prédio já foi bem estruturado com piscinas, quadras para a prática de esportes e até churrasqueiras.

“O clube do trabalhador era uma boa opção de lazer para o servidor. Agora, o local foi saqueado. Já levaram parte do que já foi o teto e até as madeiras usadas para sustentar algumas estruturas”, disse Francis.

Desativado há vários anos, o prédio já foi anunciado pelo governo estadual, em 2013, como local das futuras instalações do programa “Viva Juventude”, ao custo de R$ 6.164.132,74. As obras foram iniciadas, mas não foram concluídas. O projeto que visava atender jovens em situação de vulnerabilidade social e prometia abrigar pista de skate, quadra poliesportiva e até parede de escalada, permaneceu parado, até ser rebatizado como “Rede da Cidadania Juventude”.

Em abril de 2018, foi publicado no Diário Oficial do Estado de Roraima (DOERR) o prazo para a retomada da obra até junho do mesmo ano, com o valor atualizado em mais de R$ 1 milhão, mas até agora o prédio continua abandonado.

O técnico em eletrônica Bira Silva relatou o constante medo de quem reside próximo ao prédio abandonado.

“Temos medo de passar à noite, sermos abordados por ladrões e o pior aconteça. Não existe segurança. Pedimos para que as autoridades responsáveis fechem de uma vez o clube, já que não ocorreram as reformas prometidas.”

GOVERNO – Em nota, a Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) informou que será encaminhada na próxima semana uma comissão de servidores para avaliar a situação do local, que se encontra com as obras paradas há mais de cinco anos, bem como verificar todo o trâmite do processo de construção e implantação da Rede Juventude. No momento, está sendo feita uma avaliação de todos os processos envolvendo a construção de obras sob a responsabilidade do órgão e em breve será detalhado como que se encontram.

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