População lota postos de saúde para se imunizar

A procura pela vacina contra a febre amarela depois da notícia de um possível caso suspeito em Roraima, que já foi descartado pelo Governo, tem lotado unidades de saúde da Capital.

Na noite de ontem, 09, dezenas de pessoas foram até o posto de saúde Olenka Marcellaro, no bairro Caimbé, zona Oeste. O horário tem sido alternativa para aqueles que não têm tempo de tomar a vacina durante o dia. A unidade funciona até a 00h00.

Todos os dias, as unidades de saúde estão pedindo para serem reabastecidas com a vacina, situação que costumava acontecer somente uma vez por semana. Somente este ano, de acordo com o Governo do Estado, foram distribuídas mais de 38 mil doses da vacina contra febre amarela, por meio do Ministério da Saúde, para todos os municípios de Roraima.

Conforme o último levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) 92,60% da população da Capital já tomou a vacina.

RESTRIÇÕES – A partir dos 9 meses de idade e entre 10 e 19 anos são as faixas etárias das duas doses contra febre amarela. Em 2013 a Organização Mundial da Saúde deixou de exigir o reforço a cada 10 anos. Porém, quem não tomou no prazo, tem dos 9 meses de idade até os 59 anos, 11 meses e 59 dias para se imunizar.

Grávidas, mulheres amamentando há até seis meses e bebês de até seis meses estão proibidos de tomar a vacina. Idosos (a partir de 60 anos), pacientes com câncer ou doenças autoimunes (como o lúpus) e pessoas usando corticoides por mais de 90 dias só podem tomar a dose se receberem indicação de médicos.
Bebês de 6 a 9 meses estão permitidos em casos de surto de febre amarela. As restrições, explica Márcia Figueiredo, são para evitar que a pessoa tenha reações graves depois de imunizada.

COBERTURA – Entre 2007 e 2016, 15 casos suspeitos apareceram em Boa Vista. Nenhum foi confirmado. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) apontam que a última pessoa doente por febre amarela em Roraima foi registrada em 2007, no município de Caroebe. O Estado tem 80,99% de sua população protegida, e apenas 7 doenças confirmadas de 1999 a 2016.