Cotidiano

PM empossa 78 alunos soldados que já deram início ao curso de formação

Diante do avanço de crimes envolvendo facções criminosas, o Governo do Estado decidiu reforçar o contingente da PM

PM empossa 78 alunos soldados que já deram início ao curso de formação PM empossa 78 alunos soldados que já deram início ao curso de formação PM empossa 78 alunos soldados que já deram início ao curso de formação PM empossa 78 alunos soldados que já deram início ao curso de formação

Durante cerimônia na Academia de Polícia Integrada Coronel Santiago (Apics), no bairro Canarinho, zona Leste, na manhã de ontem, 78 alunos tornaram-se soldados de 2ª classe da Polícia Militar. Após a posse, eles já assistiram à primeira aula do Curso de Formação de Soldados (CFSD), que tem como objetivo formar os policiais para atuar na Corporação.

Segundo o diretor da Apics, coronel Rosael da Silva, o curso de formação é a base de todos os demais. Para ele, é imprescindível que o curso tenha uma matriz atualizada, voltada para os problemas de segurança pública do País e que, de forma ampla, possa abordar os assuntos relativos à legislação penal, sociologia, psicologia, direitos humanos e cidadania, além dos específicos da ciência policial e militar.

Segundo ele a vida do policial, dos companheiros e da própria sociedade depende dos reflexos, conhecimentos, capacidade de discernimento e do conceito no emprego da técnica aprendida. “O soldado policial militar é um técnico em segurança pública por excelência e, como tal, deve sempre empregar os conhecimentos adquiridos, pois nessa profissão não se admite erros, desvios de conduta ou falhas”, disse o coronel.

O comandante-geral da PM, coronel Dagoberto Gonçalves, informou que, após os seis meses de curso, os policiais estarão aptos a cumprir a profissão. Os 78 soldados vão trabalhar em todos os setores, visto que a PM atua em todos os leques, desde policiamento no trânsito ao sistema prisional, passando por rádio patrulhamento, escolas, interior e em apoio às barreiras de fiscalização.

“Nos setores que precisam de segurança e manutenção da ordem, os policiais estarão atuando”, frisou o coronel ao ressaltar que a posse já deveria ter acontecido, em razão da crise econômica do Estado. Contudo, diante do cenário de crimes envolvendo facções criminosas, com ataque a policias, o Governo do Estado permitiu a posse, visando reforçar o contingente.

A governadora Suely Campos (PP) ressaltou que o Estado passa por uma fragilidade no setor prisional, com uma penitenciária obsoleta e desumana, e que o Estado convive com o ingresso de facções criminosas. “A realidade da cadeia reflete na insegurança que vivemos. As polícias têm se agigantado nesse combate. Eu parabenizo vocês por esse passo e acrescento que a nossa segurança também faz parte da educação”, frisou.

O Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) foi citado pela governadora, assim como a militarização de algumas escolas no setor administrativo, que têm dado resultados positivos. “As atribuições são cada dia mais importantes. A sociedade pede socorro e nós precisamos de mais homens e mulheres na nossa PM. Hoje vocês ingressam para, junto conosco, enfrentar este grande desafio”, frisou.

A governadora ressaltou que a entrada dos novos soldados vai ser de suma importância para a região do Baixo Rio Branco, no extremo Sul do Estado. Segundo Suely, as vilas da região estão sendo invadidas por bandidos do Amazonas em razão do número baixo de policiais na região. “Vistam com orgulho essa profissão, que é perigosa, mas salva inúmeras vidas”, frisou.

MINUTO DE SILÊNCIO – Durante a solenidade, o comandante da PM pediu aos presentes um minuto de silêncio em homenagem ao policial civil Joseilton Menezes, que foi morto por bandidos na frente de casa na noite quarta-feira.

A primeira aula do CFSD foi ministrada pelo coronel da PMRR Ronan Soares, com o tema “Aspectos Históricos da Justiça e Segurança Pública em Roraima”. (A.G.G)

Policiamento foi reforçado contra o crime organizado, diz comandante

Em razão dos crimes praticados por facções criminosas e dos ataques a policiais, o comandante da Polícia Militar, coronel Dagoberto Gonçalves, disse que o policiamento foi reforçado em operações diurnas a fim de dar uma resposta aos crimes.

Segundo ele, não só a PM age, como todos os órgãos de segurança. Apesar da morte de mais um policial civil na noite de quarta-feira, 14, o coronel reforçou que o governo não pensa em pedir apoio da Força de Segurança Nacional e que as autoridades de segurança estão resolvendo e controlando a situação “por ser um problema do Estado”.

EFETIVO – A PM tem 1.825 polícias, de comandante a soldado, em todos os 15 municípios de Roraima. Ainda assim, o coronel ressaltou que espera conseguir um novo edital de concurso público para o ano que vem, tendo em vista que o órgão já tem um contingente antigo e a sociedade necessita de mais segurança. (A.G.G)

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